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Conselho Municipal de Saúde afirma que reclamações de falta de médicos na UPA Central ocorrem há 15 dias

por Daniel Lucas Rodrigues

Prefeitura de Caxias do Sul abriu processo administrativo contra o InSaúde, gestor da unidade, nesta semana por descumprimento de contrato

Foto: Prefeitura de Caxias do Sul/Divulgação

O Instituto Nacional de Pesquisa e Gestão em Saúde (InSaúde), gestor da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central, responde a um processo administrativo acionado pela Prefeitura de Caxias do Sul. O Município atestou a falta de médicos no local na última segunda-feira (21) para casos eletivos e não urgentes, descumprindo dispositivos do contrato estabelecidos entre as partes. Para a Tua Rádio São Francisco, o Conselho Municipal de Saúde (CMS) repercutiu o ocorrido.

O presidente do órgão, Alexandre Silva, afirma que há 15 dias o colegiado recebe reclamações de pacientes por falta de médicos na unidade, o que ocasiona em uma demora no atendimento. Ele relata que foram realizados alertas para o Executivo municipal sobre o não cumprimento das escalas de trabalho, inclusive a secretária Municipal de Saúde (SMS), Daniele Meneguzzi, teria sido comunicada. As denúncias também foram passadas para o Ministério Público (MP), pois há registros de pessoas que esperaram por mais de 10 horas por assistência. Conforme justifica o Município, a gestão da UPA Central, inclusive das escalas de trabalho, é de responsabilidade do próprio InSaúde.

A averiguação do caso foi efetuada perto das 23h da segunda-feira. Conforme Silva, as reclamações ficaram mais abundantes na última semana, quando o conselho verificou que havia uma longa espera de pacientes na terça-feira (15). Foi observada ainda a falta de médicos que constavam na escala de trabalho. Ele avalia que os ofícios encaminhados ao poder público, com as denúncias sobre o caso, auxiliaram a Prefeitura a abrir o processo de penalização contra o InSaúde.

Silva coloca que o quadro funcional incompleto também é falha do Município. No contrato estaria firmado um número exato de funcionários a serem contratados, o que prejudica a nomeação de mais pessoas para auxiliarem no funcionamento da UPA Central. Com a pandemia, seria necessário o chamamento de mais médicos até para ajudar o setor Covid-19 da unidade, principalmente no horário das 17h ás 21h.

Agora, o instituto possui um prazo para apresentar uma defesa contra o processo aberto pela Prefeitura.

A reportagem da Tua Rádio São Francisco tentou contato com o InSaúde para um posicionamento sobre o ocorrido. Até o final desta matéria, a instituição não atendeu as ligações para uma resposta.

Clique AQUI e confira a entrevista completa.

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