Medicina Hiperbárica cresce significativamente no país
Ramo evolui em número de clínicas e resultados apresentados
Apesar de antiga, a Medicina Hiperbárica tem uma história recente no Brasil. A área é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina desde 1995. O crescimento deste ramo da medicina se manifesta sobretudo pelo número de clínicas que, desde os anos 90 passou de 12 para 140 no País. O assunto foi abordado na programação da Rádio Alvorada em entrevista com o Diretor Médico do Instituto de Medicina Hiperbárica de Passo Fundo, Fabrício Valandro Rech. De acordo com o Dr. Fabrício, a Hiperbárica modifica o curso da doença e por consequência, do tratamento, realizado nas câmaras hiperbáricas. “Trata-se de um equipamento fechado, no qual o paciente é submetido à uma pressão maior que a atmosférica. Assim, ele respira oxigênio puro e em quantidade aproximadamente 20 vezes maior que fora da câmara”, explica o diretor médico. Entre as várias indicações deste tipo de tratamento, incluem-se casos de diabéticos com dificuldade de cicatrização, pacientes com feridas, doenças linfáticas, entre outros.
O percentual de êxito para os que se submetem à técnica se diferencia dentro de cada indicação. Segundo o Dr. Fabrício, para os pacientes diabéticos, por exemplo, que apresentam problemas nos pés, de 30 a 40% evoluem para a necessidade de amputação, ou perdem parte do membro. “Quando associados os demais tratamentos à intervenção hiperbárica, esse índice cai para menos de 10%”, destaca o médico – ouça a entrevista no player de áudio. A técnica é usada também em pacientes de câncer. A aplicação adequada, se reverte em qualidade de vida para quem apresenta sinais e sintomas da doença.
O número mínimo de sessões é de 10. Na sequência, o paciente é reavaliado para que se condicione a continuidade ou interrupção do tratamento hiperbárico.
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