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Falta de medicamentos na rede pública de saúde de Caxias repercute na Câmara

Baixar Áudio por Isadora Helena Martins

Secretaria Municipal da Saúde alega que fornecimento das medicações é responsabilidade do Estado

Foto: Divulgação / Gabriela Bento Alves

O vereador Alberto Meneguzzi (PSB) utilizou a tribuna durante a sessão ordinária desta quarta-feira (20) para expor o relato de uma paciente do Sistema Único de Saúde de Caxias do Sul, que reclamou da falta de medicamentos controlados na farmácia especializada do município. “Essa pessoa, no dia 29, tinha que pegar a medicação; no dia 03 ela tinha que fazer o uso da medicação e hoje é dia 20 e ela não conseguiu. Ela também afirma que sistematicamente faltam esses medicamentos. Se ela não tem o medicamento, não é retroativo, interrompe o tratamento”, declarou.

Nesse sentido a vereadora Gladis Frizzo (MDB) relembrou que a Câmara aprovou um projeto de lei para que fosse divulgado nos canais de comunicação  da prefeitura a lista com os medicamentos que estão em falta: “Nós temos aprovada a lei para que o Município coloque nas redes sociais a falta da medicação. Olha o caminho que essa senhora teve que fazer para saber se tinha ou tinha a medicação”.

Após a fala de Meneguzzi, Antônio Carlos Alves Pereira, de 62, que estava no plenário acompanhando a sessão se levantou para expor o mesmo problema enfrentado por ele. Antônio é paciente renal crônico e fez um transplante de rim há cerca de um ano e nove meses, por isso precisa tomar medicamento contínuo. À reportagem ele relatou a dificuldade de encontrar o remédio e as consequências de não consegui-lo: “Não tem pra vender e se tivesse teria que pagar uma fortuna. Eu não sei o porquê a farmácia num mês tem, no outro mês não tem. A gente sempre vai com aquele medo. E se a gente não tomar esse medicamento, 90% tem que voltar pra máquina [hemodiálise]”, salienta.

Em resposta, a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal da Saúde de Caxias do Sul informou que os medicamentos fornecidos pelo Sistema Único de Saúde são enviados pelo Estado e as farmácias básicas do município apenas fazem a distribuição. Quanto a não divulgação da lista de medicamentos que estão em falta, a assessoria afirmou que o município não tem competência de divulgar essa informação, pois não tem o conhecimento dos fluxos de distribuição do estado nem de quanto tempo leva para ser feita a reposição.

Ouça no link acima da foto.

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