Polícia investiga morte de criança em hospital
Vítima de um ano e dois meses morreu na instituição no último dia 05/07
A Polícia Civil investiga uma suspeita de omissão de socorro, ocorrida no dia 05/07 deste mês, no Hospital da Cidade, em Passo Fundo. De acordo com o boletim da ocorrência, Maria Fernanda dos Santos Ruas, de um ano e dois meses, morreu após esperar por atendimento médico no hospital.
O boletim foi registrado pelo pai da criança, Fernando Amarante Ruas, de 31 anos. Segundo ele, durante aquele dia, a filha vomitava após ingerir alimentos. Ela já tinha apresentado o mesmo problema no dia 22 de junho. Naquela época, a criança foi atendida no Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) e diagnosticada com uma bactéria intestinal, o que fazia com que ela vomitasse após se alimentar. Conforme Fernando, a filha foi medicada com soro e depois melhorou. Os pais fizeram também um tratamento antibiótico.
No entanto, no dia 05, Maria Fernanda voltou a apresentar o mesmo problema no começo do dia. Ela então foi levada para atendimento em uma clínica particular, onde foi medicada. Logo depois, a criança voltou a apresentar os mesmos sintomas.
Por isso, os pais a levaram outra vez para a clínica particular, que a encaminhou, de ambulância, por se tratar de uma emergência, para o Hospital da Cidade, onde deu entrada às 20h50. No HC, Maria Fernanda foi levada para uma sala, onde ficou, segundo o pai, 1h30 esperando atendimento. Depois, Maria Fernanda foi levada para a ala da pediatria onde foi atendida, porém a equipe do hospital não conseguiu salvá-la. O caso será investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios e Desaparecidos (DEHD) da Polícia Civil de Passo Fundo.
O que diz o hospital:
Em entrevista para o Jornal O Nacional de Passo Fundo, a direção do Hospital da Cidade emitiu uma nota sobre o caso:
1. Em todos os momentos, desde a sua entrada nas nossas unidades de assistência, a paciente teve acesso a todos os recursos disponíveis em nossa capacidade instalada.
2. O presente posicionamento institucional tem por base todos os documentos que compõe o prontuário médico-hospitalar da referida paciente.
3. A instituição reafirma a sua política de, sempre que necessário, colaborar com as informações necessárias para que os órgãos competentes desenvolvam seus trabalhos.
4. Por outro lado, afirmamos que é também de nosso pleno interesse que o caso desta paciente seja adequadamente esclarecido nos fóruns adequados.
Reprodução Jornal O Nacional.
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