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“Uma tragédia anunciada”, diz presidente do Conselho de Saúde de Caxias do Sul

por Jeferson Ageitos

Presidente da entidade fiscalizadora suspeita que a falta de leitos de UTI pediátrica possa ter contribuído para a morte de um menino de dez meses de idade, na semana passada

Pronto Atendimento 24 horas de Caxias do Sul tem registrado superlotação, com frequência
Foto: Beverli Rocha

O Conselho Municipal de Saúde de Caxias do Sul protocolou pedido de informações na Secretaria de Saúde do Município para esclarecer as causas da morte de um bebê de 10 meses de idade que passou por uma unidade da rede pública, na semana passada. A suspeita é de negligência.

A presidente do Conselho, Fernanda Borkhardt, afirma que a falta de leitos em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) pediátrica pode ter ligação com a morte da criança. “Pelas informações já colhidas, dá a entender que a falta de leito em UTI pediátrica contribuiu para a morte do menino. Então, se houve negligência, foi por parte do Governo, em todos os níveis, porque uma cidade do tamanho de Caxias do Sul ter apenas nove leitos de UTI pediátrica para atender não só Caxias, mas toda a região, é uma tragédia anunciada. Sendo que só cinco são disponíveis realmente porque quatro são ocupados permanentemente por pacientes”, afirmou Fernanda, em entrevista ao programa Conectado, na manhã dessa quarta-feira (18). Confira a entrevista completa no link ao lado, embaixo da foto.

Ainda de acordo com a presidente do Conselho, o Postão 24 horas tem ficado lotado, frequentemente, e as unidades de saúde de Caxias do Sul registram falta de medicamentos e também não oferecem todos os exames necessários ao tratamento dos pacientes. “Faltam materiais, faltam medicamentos, faltam ecografias. Tu tens o aparelho, mas falta o profissional para executar o exame. Falta sabão líquido para lavar as mãos. Faltam antibióticos que nesse período do ano são os mais usados para tratamento respiratório. Isso, consequentemente, vai repercutir na atenção secundária e terciária levando ao agravamento do paciente”, afirma.

Desde maio, faltam pediatras no Pronto Atendimento da cidade, aos finais de semana. As famílias que procuram o “Postão 24h”, nesse período, são orientadas a buscar médicos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Norte, distante cerca de seis quilômetros.

Na semana passada, a Prefeitura de Caxias do Sul anunciou que pretende construir um pronto atendimento pediátrico na cidade. O Conselho de Saúde afirma que essa não é a melhor solução. “Precisamos de medidas emergenciais. Por mais que se tenha boa vontade, um pronto atendimento pediátrico vai demandar, no mínimo, um ano para estar em pleno funcionamento. Nós precisamos de medidas que atendam a população ontem, para ontem. Não tem como esperar nem dois meses, quem dirá um ano”, destacou Fernanda.

O prefeito Daniel Guerra rebateu as críticas da presidente do Conselho Municipal de Saúde. Confira aqui.

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