A criação de uma linha de financiamento para os hospitais foi proposta pelo governo do estado como alternativa para a superação da crise financeira. A redução dos repasses registrada desde o final de 2014, e a defasagem na tabela de procedimentos do SUS faz com que as casas de saúde tomem medidas drásticas.

Um levantamento da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul indica que 42% dos estabelecimentos tiveram alguma redução na assistência, 13,2% já reduziu leitos, 48,7% já demitiram e 40,8% estão com salários atrasados. De acordo com o presidente da Federação, Francisco Ferrer, dois encontros foram realizados sobre o tema. O Governo do estado afirmou que somente um financiamento poderia solucionar a situação atual e a Federação construiu uma proposta que está sendo avaliada.

Ferrer ressalta que esta é uma solução emergencial para a situação atual e não há perspectivas seguras sobre os pagamentos futuros. Durante os encontros ficou acertada a participação do Conselho Nacional dos Secretários da Saúde, que é presidido pelo secretário gaúcho, João Gabbardo, no “Dia D Nacional”, 4 de agosto, em Brasília, quando todos os hospitais pedirão aumento dos recursos repassados pela União.