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Caso de dengue é confirmado no município de Marau

Baixar Áudio por Camila Agostini

No player de áudio, ouça o que diz o secretário de Saúde de Marau, Douglas Kurtz

Foto: Secretaria de Saúde RS

Dois novos casos de dengue contraída dentro do Rio Grande do Sul foram confirmados nesta sexta-feira 08/02, pela Secretaria Estadual da Saúde (SES). Um deles é registrado em Marau e causa preocupação para a população local. O outro novo caso confirmado ocorre em Erval Seco, ambos, portanto, na região Norte do Estado.

Dois outros casos autóctones já haviam sido registrados anteriormente na região Missioneira, em Panambi e Cândido Godói. Além desses, outros oito casos importados foram confirmados no ano em residentes gaúchos que pegaram a doença em outros Estados.

Em entrevista à Tua Rádio Alvorada, o secretário de Saúde de Marau, Douglas Kurtz, orientou a população que é preciso manter o cuidados rotineiros e que a pessoa procure sua unidade de saúde o mais rapidamente possível, tão logo os sintomas (veja abaixo) aparecerem. "Na unidade,  todos os encaminhamentos necessários serão realizados, mas cabe destacar que o material para análise só é coletado após o quinto dia em que os sintomas surgirem", alerta Kurtz.

Ouça a íntegra da entrevista no player de áudio.

O secretário diz ainda que, se outros casos se confirmarem, é possível que um trabalho de aplicação de larvicida ocorra em alguns pontos da cidade. O paciente marauense é morador do meio rural do município. Ele recebeu o tratamento adequado, está em casa e passa bem.

A transmissão da dengue, zika e chikungunya ocorre pela picada da fêmea do Aedes aegypti. Com hábitos diurnos, o mosquito se alimenta de sangue humano, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer. O inseto tem, em média, menos de um centímetro de tamanho, é escuro e com riscos brancos nas patas, na cabeça e no corpo. Para se reproduzir, ele precisa de locais com água parada, que é onde ele deposita os ovos. O verão, com as altas temperaturas e o aumento das chuvas, é propício para a proliferação do inseto. Por isso, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) reforça que o cuidado para evitar a sua proliferação busca eliminar esses possíveis criadouros, impedindo o nascimento do inseto. Entre as medidas, recomenda-se:

- Tampar caixas d'água, tonéis e latões;
- Guardar garrafas vazias viradas para baixo;
- Guardar pneus sob abrigos;
- Não acumular água nos pratos de vasos de plantas e enchê-los com areia;
- Manter desentupidos ralos, canos, calhas, toldos e marquises;
- Manter lixeiras fechadas;
- Manter piscinas tratadas o ano inteiro.

 
Municípios infestados

A infestação por Aedes aegypti no Rio Grande do Sul passou de 62 municípios em 2010 para 320 atualmente. Isso cobre hoje uma população de mais de 9,7 milhões de pessoas, ou 86% da população do Estado.

Para o desenvolvimento de ações de prevenção e controle do mosquito, todos os 320 municípios com infestação de Aedes foram contemplados com R$ 4.512.567,01 em investimentos do Governo do Estado. Dependendo da população, cada município recebeu entre R$ 4 mil e R$ 204 mil.

 
Recomendações da vigilância

Nesta semana, o Cevs publicou, no Diário Oficial do Estado, uma nota informativa aos municípios recomendando a intensificação do combate ao Aedes durante o período de sazonalidade da dengue, zika e chikungunya, que se estende de novembro a maio. Aos serviços de saúde, a orientação é atenção ao diagnóstico oportuno de casos suspeitos e o imediato início da investigação epidemiológica, com coleta de exame para análise laboratorial.

 
Principais sintomas da dengue:

- Febre alta (maior que 38,5°C), de início abrupto e que dura entre 2 e 7 dias;
- Dores musculares intensas;
- Dor ao movimentar os olhos;
- Mal-estar;
- Falta de apetite;
- Dor de cabeça;
- Manchas vermelhas no corpo;
- Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, todos oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Informações: Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul

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