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“O que nos preocupa, no momento, são os casos mais graves, que necessitam de respirador”, alerta diretor do HCR

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Desde o início da pandemia, estrutura do Hospital Cristo Redentor de Marau foi adequada para combater a pandemia na região

Foto: Camila Agostini / Tua Rádio Alvorada

É possível que, nem mesmo as mais pessimistas das projeções pudessem antever os prejuízos que a pandemia da Covid-19 causaria no mundo, desde o fim de 2019, quando o primeiro caso da doença foi diagnosticado na China. Mas um ano depois da confirmação do primeiro caso no Brasil, a situação é ainda mais preocupante. Novas cepas do vírus e um aumento exponencial de casos e mortes ocasionados pelo novo coronavírus desafiam as autoridades de saúde, gestores públicos e, principalmente, quem conhece e vive, diariamente, a rotina dos hospitais, cada vez mais lotados pela demanda crescente.

Apesar dos avanços, seja nos estudos sobre a doença, seja nos projetos que equiparam as casas de saúde, o chamado colapso ainda pode fazer muitas vítimas.    

Desde que o primeiro caso de contaminação pelo novo coronavírus foi diagnosticado em Marau, em março de 2020, o Hospital Cristo Redentor passou por adequações e, atualmente, mantém estrutura com 26 leitos designados, especificamente, para pacientes com Covid-19. “Podemos, rapidamente, ampliar esta estrutura, caso haja necessidade, mas ainda estamos conseguindo controlar a demanda”, afirma o diretor administrativo da casa de saúde, Marcelo Borghetti.

Em entrevista à Tua Rádio Alvorada, o gestor foi enfático ao dizer que as condições atuais do HCR só são suficientes para amparar a comunidade regional (pacientes de pelo menos 20 municípios são atendidos no hospital) devido à dedicação irrestrita dos profissionais que compõem a diretoria, corpo clínico, equipe de enfermagem e demais colaboradores que atuam na linha de frente para o tratamento e a contenção da doença que, até a tarde desta segunda-feira, 01/03, tirou a vida de 47 marauenses.

Segundo Borghetti, nenhuma negativa de atendimento foi registrada no HCR desde o início da pandemia. A primeira semana do mês de março começa com 15 pessoas infectadas pelo novo coronavírus hospitalizadas em Marau; 11 delas, são moradores do município, as demais, pacientes de outras cidades. “O que nos preocupa, no momento, são os casos mais graves, que necessitam de respirador”, alertou o diretor. Com exceção dos equipamentos do bloco cirúrgico, ainda restam nove respiradores disponíveis, destes, entre 4 e 5 se mantém em ocupação contínua nos últimos dias.

O diretor destaca, ainda, que a demanda por oxigênio duplicou no mês de fevereiro deste ano. A procura por serviços decorrentes de outras patologias também cresce em períodos sazonais. “O que nos cabe é não deixar faltar nada”, diz Borghetti, embora, reconheça a importância da colaboração por parte da população em geral, quanto aos cuidados para evitar a disseminação do vírus, bem como a busca consciente dos serviços prestados, principalmente, no setor de Urgência e Emergência.

Ouça a entrevista completa no player de áudio ou acompanhe, com imagens, no Facebook da Tua Rádio Alvorada.

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