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Diocese de Caxias encerra fase do processo de canonização de Madre Bárbara Maix

Baixar Áudio por Pablo Ribeiro

Material da investigação de um suposto milagre ocorrido no interior de Caxias do Sul será enviado para Roma, onde será analisado por especialistas da Santa Fé

Foto: Retrato pintado por Velcy Soutier/2014/Divulgação/Pablo Ribeiro/Tua Rádio São Francisco

A fase diocesana de investigação sobre o suposto milagre atribuído à madre Bárbara Maix, ocorrido em Caxias do Sul, está concluída. Na próxima quinta-feira (27), às 16h, a Celebração Eucarística, na Catedral de Caxias, presidida pelo Bispo Dom José Gislon, marcará, oficialmente, o encerramento desta fase, no Brasil. O próximo passo é o envio do material para o Vaticano. Se aprovado, Madre Bárbara poderá ser proclamada santa.


Após ser notificada da ocorrência do suposto milagre, a Diocese de Caxias do Sul instalou um Tribunal Eclesiástico para investigar o fato. Desde o mês de outubro, padres e profissionais de saúde, que constituem o tribunal, colheram e analisaram depoimentos, documentos da mulher que recebeu o milagre e de testemunhas.


O suposto milagre aconteceu no distrito de Santa Lúcia do Piaí, onde, no final de 2018, uma mulher sofreu graves queimaduras de 2º e 3º grau enquanto fabricava sabão. Familiares e a comunidade invocaram a intercessão de Madre Bárbara. Em 13 dias, a mulher teve alta hospitalar, sem sequelas e completamente curada. Até o momento, a cura rápida não encontra explicação à luz da ciência.

Segundo o Bispo Dom José Gislon, concluída a fase diocesana, todo material será enviado para Roma, endereçado à Congregação para a Causa dos Santos. O material será analisado pela equipe de especialistas da Santa Sé. Em caso de confirmação, o Papa aprovará, por meio de decreto, o milagre atribuído à intercessão da Bem-Aventurada e, na sequência, confirmará a data da canonização. “Lá vai ter uma equipe que vai analisar do ponto de vista espiritual e científico, e vai dar o parecer final, reconhecendo ou não o suposto milagre. Depois, passará pelo colégio dos cardeais e isso se conclui apresentando ao Papa Francisco para que ele faça a publicação desse reconhecimento”.

Segundo a diretora geral da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria, Irmã Marlise Hendges, a comunidade já acredita na santidade de Madre Bárbara Maix, por isso acredita que o processo siga adiante. “Nós esperamos que chegue esse momento da canonização. Nós continuamos rezando para que, de fato, reconheçam nessa cura a interseção da Bem-Aventurada Bárbara Maix”.


No Vaticano, o processo terá como postuladora, que é uma espécie de advogada, a Irmã Gentila Richetti, que deverá acompanhar o processo, sendo, portanto, transferida para a comunidade da Congregação, em Roma.

 

Primeira mulher beatificada no Rio Grande do Sul

Nascida na Áustria em 1818, Madre Bárbara Maix tornou-se a primeira mulher beatificada, no Rio Grande do Sul. Perseguida em Viena, pela sua opção de vida religiosa, mudou-se para o Brasil, em 1848. No ano seguinte, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), fundou a Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria. Viveu no Brasil por 25 anos, dos quais, 11 no Rio de Janeiro. Viveu e trabalhou 14 anos em Porto Alegre. Faleceu em 17 de março de 1873, no Rio de Janeiro (RJ). A causa de canonização foi iniciada em 1993, em Porto Alegre.

O suposto milagre ocorreu no distrito de Santa Lúcia do Piaí, em Caxias do Sul, na mesma localidade, onde em julho de 1944, aconteceu a cura prodigiosa do menino Onorino Ecker, por intercessão de Bárbara Maix. Com quatro anos, Onorino teve o corpo completamente queimado após ter derramado sobre seu corpo água fervente, cair nas brasas e respirar aquele vapor. O menino foi curado após 15 dias. Este foi o milagre aprovado pelo Vaticano para a beatificação da religiosa.

A vida cristã de Bárbara Maix, o testemunho de santidade e a cura milagrosa do menino Onorino foram essenciais para o Papa Bento XVI proclamá-la Bem-Aventurada (ou beata, em italiano). A beatificação aconteceu no dia 06 de novembro de 2010, em cerimônia religiosa realizada no Gigantinho, em Porto Alegre, com público de mais de 20 mil pessoas.

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