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Solenidade de Cristo Rei do Universo

por João Romanini

Liturgia do domingo– 24/11/2024 - Humanizar-Nos Como Cristo Rei, Torna-Nos Participantes Do Seu Reinado.

Cristo, Rei do Universo.
Foto: Divulgação

Liturgia do domingo– 24/11/2024 -

Solenidade de Cristo Rei do Universo

Humanizar-Nos Como Cristo Rei, Torna-Nos Participantes Do Seu Reinado.

 

ACOLHIDA

Animador: Irmãos e irmãs, a todos acolhemos e saudamos com o desejo de Paz e Bem. A Igreja está em festa. É a solenidade de Cristo, Rei do Universo. Um rei que veio para servir. Com esta solenidade encerramos o ano litúrgico e também o Ano Nacional do Laicato. Celebramos unidos a todos os leigos e leigas que se dispuseram a servir a Cristo Rei e a todos os irmãos. Acolhemos a procissão de entrada com a imagem (ou pôster) de Jesus, cantando.

 

ATO PENITENCIAL

Presidente: Pelas vezes que ignoramos os ensinamentos e a prática de Cristo Rei, e deixamos contaminar-nos pelas perversidades dos reinos deste mundo, supliquemos o perdão de Deus, cantando.  

 

GLÓRIA

Animador: Glorifiquemos a Trindade Santa pelos incontáveis sinais do Reino de Deus presentes em nossas comunidades, cantando, com alegria.

 

LITURGIA DA PALAVRA

Primeira leitura: Dn 7, 13-14

Salmo Responsorial: Deus é rei e se vestiu de majestade, glória ao Senhor!

Segunda leitura: Ap 1,5-8.

Evangelho: Jo 18,33-37.

REFLEXÃO

Nascendo pobre, sendo igual a nós em tudo, menos no pecado, Jesus veio para implantar o Reino de Deus. Através do seu ser, do seu agir, do seu estilo de vida e de suas palavras, nos transmite o sonho e a vontade de Deus em relação à humanidade: “vida em abundância para todos”. Onde este sonho e esta vontade são assumidos e praticados, o Reino de Deus acontece. O Reino de Deus não é algo fora deste mundo. Desde o princípio de sua pregação, Jesus insiste: o Reino de Deus está entre vós. Na oração que Ele nos ensinou, consta um pedido muito particular: “Venha a nós o vosso Reino”.

            Jesus Cristo, de fato, é Rei. Indagado pelo Procurador Romano Pôncio Pilatos, Jesus responde: “Eu sou Rei e vim ao mundo para dar testemunho da Verdade”. Quem está com a verdade está com ele. Todos aqueles que o julgaram e condenaram não estavam com ele, portanto não estavam com a verdade, eram a própria mentira. Jesus desmascara os reinos deste mundo, os que usam o poder para julgar, perseguir, condenar e matar. O meu Reino não é deste mundo, ou seja, se distingue totalmente do estilo de reinar do mundo (cf. Jo 18,33-38). Quando dois dos seus discípulos, contaminados pela mentalidade do mundo, pediram a Jesus certos privilégios, lugares de honra, Jesus aponta para os que governam este mundo: eles oprimem, dominam e em geral se servem do povo e respondem a seus interesses e aos interesses de uma pequena elite dominante. Que entre vós não seja assim, quem quiser ser o maior seja os servo de todos, pois o Filho do Homem, não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate de muitos (cf. Mc 10,42-45). Jesus exerce seu reinado, amando sem limites e doando-se sem reservas pela vida da humanidade. Seguindo Jesus Cristo Rei, somos Igreja em Missão. Todos nós, no dia do Batismo, fomos ungidos e assumimos a mesma missão de Jesus, a de exercer o nosso reinado pela doação, pelo serviço gratuito e pelo amor incondicional, especialmente pelos pobres, excluídos e mais necessitados. No Reino de Deus, o maior é aquele que serve humildemente, e é capaz de doar sua vida em favor da vida de muitos. E a Igreja sinodal, na qual todos os batizados, independente, do título, do serviço ou ministério exercido na Igreja, tem igual dignidade. Ninguém é mais do que ninguém. Jesus deixa isso muito claro, quando nos apresenta o critério final de nosso julgamento, que consiste no que tivermos feito ou deixado de fazer em favor dos mais pequeninos e necessitados, pois é ao próprio Cristo que o teremos feito ou deixado de fazer. Ele apropriou-se da condição dos pobres, sofreu com eles, teve compaixão por eles, lhes revelou a misericórdia do Deus do Reino, do Deus da vida, e se comprometeu com sua causa libertadora. Jesus não exerceu seu reinado a partir de um palácio, mas fixou sua tenda entre os pobres da terra, entrou na história dos pobres e a assumiu como própria. Deus se revela nos e desde os acontecimentos históricos, a partir deles e neles Deus chama, interpela e manifesta sua vontade, desta forma, os acontecimentos tornam-se sacramentais, reveladores do agir de Deus.

Neste mundo marcadamente individualista e egoísta, para ter parte com Jesus e de seu reino, temos que aprender a lavar os pés uns dos outros como Jesus nos ensinou na Última Ceia. Pedro, também contaminado pela mentalidade do mundo, a princípio rejeitou duramente esta forma de Jesus exercer seu reinado. E ouviu a dura advertência: “se eu não te lavar os pés, não terás parte comigo”, ou seja: estás fora do reino de Deus. A prova de que somos discípulos de Cristo Rei, Servo e Pastor, é fazer o que Jesus fez. Viver o amor na sua radicalidade. Cuidar das ovelhas fracas e doentes, buscar as ovelhas perdidas, extraviadas e abandonadas. Empenhar-nos para construir um mundo sem senhores e sem escravos, lutar contra um mundo desigual de uns abastados e a quase totalidade do povo desprovida do mínimo necessário para viver dignamente. Participar do Reinado de Jesus, como membros de seu corpo, é lutar para que “todos tenham vida em abundância”

PRECES DA COMUNIDADE

Presidente: “Venha a nós o vosso reino. Seja feita a vossa vontade”. Para que este reino venha entre nós, elevemos a Deus Pai as nossas preces, pedindo: Senhor, venha a nós o vosso reino.

1 – Para que a Igreja, fiel à vontade de Deus, continue anunciando e colaborando na edificação de um reino de justiça, paz e igualdade, rezemos.

2 - Para que o Papa Francisco tenha o apoio necessário para continuar guiando e orientando todos os cristãos ao encontro do Jesus humano e no resgate de uma Igreja sinodal, rezemos.

3 - Por todos os leigos e leigas que se colocaram a serviço da Igreja e dos irmãos, para que sejam valorizados e motivados a continuarem sua missão, pedimos...

4 - Por todos nós, para que, ao encerrarmos o Ano Nacional do Laicato, tenhamos presente a necessidade de continuar sendo sal, do mundo e fermento de uma nova sociedade, rezemos´.

 

OFERTÓRIO

Animador: Ao Senhor oferecemos o trabalho, as dificuldades e as realizações de todos os leigos e leigas que assumiram os serviços pastorais e vivem a alegria de servir e promover o Reino do Pai. Canto.

 

COMUNHÃO

Animador: Cristo, Rei do Universo. Um rei que nos ensina a servir com generosidade, acolhida e compaixão, se dá a nós no Pão que dá vida ao mundo. Vamos recebê-lo, cantando.

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