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Liturgia do Trigésimo Terceiro Domingo do Tempo Comum

por João Romanini

Dia mundial dos pobres “A oração do pobre, eleva-se a Deus”

“A oração do pobre, eleva-se a Deus”
Foto: Divulgação

Trigésimo Terceiro Domingo do Tempo Comum – 17/11/2024

Dia mundial dos pobres

“A oração do pobre, eleva-se a Deus”

 

ACOLHIDA

Animador: Bem-vindos, irmãos e irmãs! O encontro com o Senhor e a escuta da sua Palavra são convites à esperança viva. Nesta celebração, recordamos o Dia Mundial dos Pobres, com o lema: “A oração do pobre, eleva-se a Deus” (Eclo 21,5). O Papa Francisco pede que nos unamos ao clamor dos pobres para que nossa oração se torne um modo de comunhão com eles e de partilha do seu sofrimento. Assim, realizemos um verdadeiro encontro que sustenta a fé, torna concreta a caridade e habilita a esperança a prosseguir seguros no caminho rumo ao Senhor. De pé, acompanhemos a procissão de entrada, cantando.

 

ATO PENITENCIAL

Presidente: Pelas vezes que a indiferença e o egoísmo petrificam nosso coração e não reconhecemos Jesus a pessoa do pobre, supliquemos a misericórdia de Deus, cantando.

 

HINO DO GLÓRIA

Animador: Glorifiquemos a Deus por tantas pessoas que, movidos pela solidariedade e compaixão, estendem a mão aos pobres e junto com eles elevam a Deus sua oração. Cantemos.

 

LITURGIA DA PALAVRA

Primeira Leitura: Dn 12,1-3

Salmo Responsorial: "Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio"

Segunda Leitura: Hb 10, 11-14.18

Evangelho: Mc 13, 24-32

 

REFLEXÃO

- Estamos chegando ao final do Ano Litúrgico. É um momento privilegiado de fazer um balanço de nossas ações, da realidade que estamos vivendo, das coisas que nos rodeiam; da nossa fé, enfim, é hora de avaliar para melhorar. As leituras nos falam do final dos tempos, do julgamento, da consumação das promessas de Deus, que “virá para julgar os vivos e os mortos”, como rezamos no creio. É momento propício de ver se estamos produzindo frutos para o bem da humanidade ou se somos estéreis em nosso viver e agir.

- O profeta Daniel nos fala de Miguel, o grande príncipe que se levantará para proteger seu povo num tempo de muitas tribulações, aflições e angústias. Como é bom saber que há anjos que nos protegem nos momentos difíceis. Eles representam a presença de Deus no meio de nós. Estes anjos normalmente são pessoas concretas, de carne e osso, que estendem suas mãos para nos amparar, salvar, apontar caminhos e nos reerguer de nossas prostrações, abrir-nos os olhos diante das armadilhas e falsidades, e para nos proteger das perversidades de um sistema que exclui e mata. E neste Dia Mundial dos Pobres, proclamado pelo Papa Francisco, mais do que nunca precisamos tomar a consciência da missão que temos de ser anjos uns para os outros, de modo particular para esta multidão de pobres que estão sendo gestados neste mundo que endeusa o dinheiro e acumula os bens que Deus destinou a todos, nas mãos de poucos que usurpam e se apossam de tudo, deixando muitos sem nada.

- Com o lema do Dia Mundial dos Pobres: “A oração do pobre, eleva-se a Deus” (Eclo 21,5), o Papa Francisco nos conclama e nos convida a unir a nossa voz ao clamor da multidão de pobres em oração, lembrando sempre que a melhor oração é amar, ou seja, solidariamente estender nossa mão, ajudar, partilhar, combatendo a e fome, e o sistema perverso que gera cada vez mais pobres em nossa casa comum, a mãe terra. O Senhor escuta os pobres que clamam à Ele, pois também tem o coração dilacerado pela tristeza, a solidão e a exclusão, em razão destes descartados que procuram nele o seu refúgio. Ele escuta todos os que são espezinhados na sua dignidade. Escuta também os que se veem perseguidos e intimidados por causa da justiça. Neste dia, deixemo-nos interrogar: como é possível que este brado, que sobe à presença de Deus, não consiga chegar aos ouvidos do nosso coração, que permanece indiferente, insensível e surdo? A resposta de Deus ao pobre é sempre uma intervenção salvadora para cuidar das feridas da alma e do corpo, realizar a justiça e ajudar a retomar a vida com dignidade. É também um apelo para que toda a pessoa que n’Ele possa crê, dentro dos limites humanos, faça o mesmo. A solicitude dos cristãos, porém, não pode limitar-se a uma forma de assistência – embora necessária e providencial num primeiro momento –, mas requer aquela “atenção amiga” que aprecia o outro como pessoa, como uma irmã, como um irmão. A pobreza não é procurada, mas criada pelo egoísmo, a soberba, a avidez e a injustiça: males tão antigos como o homem, mas sempre são graves pecados, acabando enredados neles tantos inocentes com dramáticas consequências sociais. Cada cristão e cada comunidade são chamados a serem instrumentos de Deus ao serviço da libertação e promoção dos pobres, para que possam integrar-se plenamente na sociedade; isto supõe estar docilmente atentos, para ouvir o clamor do pobre e socorrê-lo. Jesus se fez o mais pobre, em solidariedade com os pobres, nos quais Ele está realmente presente: “Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes” (Mt 25,40). No evangelho de hoje, ele nos adverte de que estamos apenas de passagem nesse mundo, um dia o sol escurecerá aos nossos olhos e a lua perderá seu brilho. Se tivermos estendido a mão a ele na pessoa do pobre, contemplaremos com ele, eternamente a luz que nunca se apaga, na glória eterna.

 

PRECES DA COMUNIDADE

Presidente: Junto com os pobres deste mundo, com confiança, elevemos a Deus nosso clamor, rezando: Em vossa misericórdia, ouvi-nos, Senhor.

1 - Pelo Papa Francisco que, pelo seu testemunho de humildade, de firmeza na fé e de compromisso missionário e amor aos pobres, continue nos inspirando, rezemos.

2 - Pela Igreja, que recebeu como missão o cuidado com os pobres, para que testemunhe a solidariedade e a partilha com todos os irmãos, rezemos

3 - Pelos cristãos, para que, na vivência da Palavra e encontro com Jesus na Eucaristia, revistam-se de esperança para a prática do bem e da fidelidade ao Evangelho, rezemos.

4 - Para que possamos juntos, com fé e humildade, viver plenamente o tempo presente em permanente conversão, superando marcas do individualismo e da indiferença, digamos:

 

OFERTÓRIO

Animador: Oferecemos a Deus o testemunho dos cristãos que nunca cessam seus trabalhos pastorais e comunitários com os necessitados e sofredores, cantando.

 

COMUNHÃO

Animador: Com alegria, recebamos e pão do céu, e peçamos que ele nos ajude a lutar para que haja pão em todas as mesas, cantando.

 

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