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Silvio Borghetti: “não venham nos microfones da rádio dizer que em Marau se faz a boa política”

por Ana Lúcia Jacomini

Vereador diz que a forma que a política vem sendo feita no Brasil, não corresponde as necessidades do cidadão e do contribuinte

Silvio não concorreu à reeleição e revela certa decepção
Foto: Camila Agostini/tuaradio

Considerado o fiel da balança das votações na Câmara de Vereadores de Marau, Silvio Borghetti foi o entrevistado da Rádio Alvorada nesta sexta-feira, 23/12. E emissora vem conversando com os vereadores que encerram a Legislatura na próxima semana. O objetivo é avaliar o período de quatro anos e a avaliação de Borghetti, que acumula a função de presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Marau, é de um tempo de aprendizado e conhecimento.

“Foi uma experiência fantástica onde pude conhecer mais pessoas, mais leis, a verdade, a mentira, a demagogia e tudo o que está na política. Saio de cabeça erguida, com missão cumprida já que não fui eleito para me servir da política e sim para servir à política”, desabafa ele, que optou por não concorrer novamente ao cargo.

Ao ser questionado sobre a decisão de não disputar nova eleição, Silvio não negou estar decepcionado. “A gente se decepciona em alguns momentos, quando os políticos esquecem o povo e pensam apenas na companheirada. Esquecem que lá na ponta alguém nos elegeu e paga nossos salários e precisa de políticas públicas voltadas para o cidadão.”

Silvio destaca que sempre avaliou os projetos apresentados na Câmara de Vereadores, e votou conforme sua compreensão, colocando na balança o benefício para a população. E também se mostrou descontente com o fato de as pessoas não acompanharem as sessões e as votações, propriamente ditas.

“Procurei pensar em Marau e não em mim. Posso ter me enganado mas não para levar vantagem. A população devia vir ao Legislativo, ver quem é o vereador que elegeu. Fazer as cobranças. Mas isso não acontece. Nesses quatro anos, a Câmara só ficava lotada quanto tinha um projeto de interesse de alguém”. Ele acredita numa mudança, nas próximas gerações, espera que a educação possa reverter a situação.

Ouça a entrevista, na íntegra, no player de audio.

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