Bloqueio de manifestantes impede funcionamento da Assembleia Legislativa em Porto Alegre
Edson Brum lamenta o fechamento da Assembleia e faz comparação ao regime militar
Diversos servidores protestaram em frente à Assembleia, nesta terça-feira, dia 15, com o bloqueio do prédio Legislativo em Porto Alegre. O dia tumultuado na capital gaúcha teve o trancamento das portas da Assembleia por diferentes sindicatos, pela primeira vez em 180 anos de história.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Edson Brum, declarou, em entrevista coletiva, que estão inviabilizados os trabalhos no Parlamento durante o dia de hoje. O motivo, conforme Brum, é a falta de segurança para servidores, deputados, visitantes e manifestantes.
O Palácio Farroupilha amanheceu bloqueado, em todos os acessos, por servidores públicos estaduais que protestavam contra projetos do Executivo que seriam apreciados nesta terça-feira em plenário. Eles impediram a entrada de funcionários e deputados. Brum e líderes de todas as bancadas negociaram uma saída pacífica para o episódio desde as 8 horas e chegaram a receber representantes dos comandos sindicais no prédio do Memorial, antiga sede do Legislativo.
Os deputados concordaram em levar ao Executivo as reivindicações dos servidores, depois de liberada a entrada na Assembleia. Como o acordo não foi cumprido e o prédio continuou sitiado, Brum encerrou as atividades do dia por falta de segurança.
O presidente lembrou que, durante todo o tempo de maturação dos projetos, o Legislativo manteve abertos todos os canais de diálogo. Ele lamentou que a Assembleia tenha sido fechada. Lembrou que, mesmo durante o regime militar, tal fato não havia ocorrido.
Acompanhe em áudio a matéria do Jornalista Tales Armiliato, direto de Porto Alegre.
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