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Missa Capuchinha é realizada em igreja histórica de Lisboa

por Pablo Ribeiro

Durante séculos, a Igreja de Santa Engrácia foi o único convento Capuchinho admitido em Portugal, e de onde partiram os frades para as missões

Foto: Frei José Luiz/Divulgação

Como parte da programação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a Missa Capuchinha foi realizada, na manhã deste sábado (05/08), na Igreja de Santa Engrácia, em Lisboa, Portugal. Além de diversos frades, a celebração, que foi presidida pelo arcebispo de Otranto (Itália), Francesco Neri, contou com a presença de jovens peregrinos de diversas nacionalidades.

Após a missa, os Capuchinhos caminharam em peregrinação até ao lugar onde decorrerá a vigília dos jovens com o Papa Francisco, no Parque Tejo.

Convento histórico

Os religiosos italianos da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, que faziam missionação em Angola, chegaram a Lisboa em 1641 mas só a partir de 1739 tiveram casa própria construída de raiz. Passaram primeiro pelo Hospício dos Capuchinhos Franceses, perto do Convento da Esperança, e mudaram-se em 1689 para o antigo Convento das Comendadeiras de Santos, à Cruz da Pedra, onde fundaram um hospício.

O convento foi construído num terreno doado por D. João V que também patrocinou a obra.

Esta casa religiosa não foi afetada pelo Terramoto de 1º de novembro de 1755, pelo que na cerca foram construídas várias barracas para acolher os desalojados.

O convento é extinto em 30 de maio de 1834, e em agosto apenas um religioso permanecia em Lisboa. Os seus confrades tinham regressado a Itália, levando consigo os bens de maior valor.

No início de 1835 o edifício é requisitado para quartel do 1º Batalhão da Guarda Nacional e a igreja é requisitada pelo Governo Civil para sede da freguesia de Santa Engrácia.

Em 1839 a cerca é cedida ao Ministério da Guerra e anos depois é aí construída a Estação Elevatória dos Barbadinhos. Inaugurado em março de 1860, este equipamento destinava-se a bombear água do aqueduto do Alviela para a cidade de Lisboa.

Enquanto a igreja permaneceu inalterada, o edifício conventual teve predominantemente uma ocupação habitacional, mas foi-se degradando e descaracterizando. Em 2009 sofreu obras de adaptação para acolher vinte e quatro apartamentos de diferentes tipologias.

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