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Caxias chega a 404 focos do mosquito da dengue e tem 10 casos suspeitos da doença

por Clayton Camargo

Veja quando procurar atendimento médico e como ajudar a controlar o número de focos

Foto: Vigilância Ambiental em Saúde

Diante do aumento exponencial de focos do mosquito transmissor da dengue, um caso da doença contraído no município e 10 suspeitas em investigação, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) renova o alerta para que a população ajude a eliminar pontos com água parada (onde o mosquito transmissor se reproduz) e orienta que pessoas com sintomas procurem atendimento médico, o que é essencial para que novos casos possam ser identificados e tratados. Os sintomas são febre, dores musculares, dor de cabeça e atrás dos olhos, diarreia, ou seja, alguns são semelhantes aos da covid-19. Podem ocorrer também erupções vermelhas na pele, vômitos e sangramentos. Até o momento, Caxias soma 404 focos do mosquito Aedes aegypti em 2022, número alarmante pois foram 104 encontrados em menos de duas semanas. Além do caso autóctone, outra pessoa teve a doença contraída fora da cidade.

“A dengue e a covid-19 têm reações similares, como dor de cabeça, febre e diarreia, mas quem tem dengue não tem sintomas respiratórios. Então é importante pontuar para o médico a falta de tosse, constipação nasal ou dificuldade respiratória, para que se possa ter o diagnóstico mais preciso”, alerta Anelise Kirsch, infectologista do Controle de Infecção Municipal.

Ela também aponta que “Essa é uma doença que causa muito desgaste na pessoa, muitas vezes com dores nos olhos, dificuldade de dormir, falta de apetite e cansaço extremo. Apesar de não ser comum a morte pela dengue, ela pode acontecer, especialmente na presença de sangramentos, a dengue hemorrágica. Por isso se deve prestar atenção nos sinais que o corpo mostra e quando necessário procurar um médico em vez de se automedicar”.

A Secretaria da Saúde alerta que a confirmação de que um paciente foi contaminado em Caxias do Sul comprova que o vírus está circulando pela cidade. A única forma de frear o aumento de focos e, consequentemente, o risco de mais casos, é combater o vetor, que é o mosquito Aedes aegypti. O inseto se reproduz colocando ovos em pontos com água parada, por isso a Secretaria destaca a importância de cada morador olhar atentamente para sua residência e eliminar quaisquer pontos que tenham água parada. Cerca de metade dos focos foram identificados em locais para armazenamento de água, como caixas d’água e baldes, que precisam estar bem tampados, assim como piscinas, que devem estar cobertas.

Também é fundamental que a comunidade receba as visitas dos agentes de combate às endemias da Vigilância Ambiental em Saúde, que estão encontrando dificuldade para realizar o seu trabalho.

“As recusas em receber os agentes aumentam a cada dia. Outro agravante é que a população que recebe orientação não está aderindo, e assim os focos estão se multiplicando”, aponta Sandra Tonet, diretora técnica da Vigilância Ambiental em Saúde.

Sintomas que podem indicar dengue

 

  • Febre, usualmente entre 2 e 7 dias

  • Diarreia/náusea/vômito

  • Erupção avermelhada na pele

  • Dores musculares ou nas articulações

  • Dor de cabeça ou dor nos olhos

 

Orientações para evitar a proliferação:

 

- Limpar com escovação semanal o recipiente de água dos animais domésticos

- Recolher o lixo do pátio

- Colocar o lixo ensacado para ser recolhido pela Codeca

- Recolher pneus inservíveis e armazená-los em locais secos e protegidos da chuva, ou encaminhá-los à Central de Armazenamento de Pneus Inservíveis da Codeca

- Tampar caixas d’água

- Colocar telas milimétricas em caixas d’águas descobertas, reservatórios de captação de água da chuva e nos ralos

- Limpar as calhas

- Semanalmente, lavar e escovar piscinas plásticas, trocando a água

- Eliminar os pratinhos das plantas.

 

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