Campanha defende que créditos excedentes da energia solar possam ser doados para hospitais
Baixar ÁudioProposta é da Associação Brasileira das Empresas de Energia Solar a partir de sugestão de empresa marauense
Foto: Reprodução/Eos Solar
A Associação Brasileira das Empresas de Energia Solar - Absolar, está defendendo que os créditos excedentes de energia elétrica da geração solar distribuída, sejam doados para serviços essenciais no combate à pandemia do coronavírus nos próximos meses. O destino dos créditos seriam os hospitais e demais centros de saúde que estejam atuando no combate à pandemia.
A proposta foi encabeçada pela marauense Éos Solar. Ricardo Rizzotto, o diretor da empresa, explica que a ideia nasceu de um de seus clientes, morador de Paraí, e logo expandiu-se para todo o país, restando agora, apenas o aval da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o que deve ser feito nos próximos dias. A campanha, conforme o empresário, já tem o apoio do Ministério de Minas e Energia.
Para se ter uma ideia, a doação de 1% dos os 2,8 gigawatts atualmente instalados com geração distribuída solar fotovoltaica, considerando a tarifa média do Brasil – que é de de R$ 0,56 por quilowatt/hora, resultaria em uma economia de R$ 2,28 milhões. No caso de 5% de doação, a economia subiria para R$ 11 milhões. A conta de energia elétrica é uma das maiores despesas dos hospitais e casas de saúde, lembra Rizzotto.
Desde 2012, lembra Ricardo, a legislação brasileira permite que os cidadãos gerem sua própria energia através dos sistemas solares. Quando a pessoa gera mais energia do que consome em um ano, fica com o crédito junto a sua concessionária distribuidora - é a "geração distribuída". O uso destes créditos, coforme explica ele, precisa ser feito em até cinco anos, por exemplo, dividindo com outra unidade, mediante critérios, ou aproveitado em caso de aumento no consumo ou de reajuste da tarifa.
Saiba mais ouvindo a entrevista de Ricardo Rizzotto, disponível no player de áudio.
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