ONG Construindo Igualdade pede auxílio para manutenção da Casa de Acolhimento
Baixar ÁudioEspaço que acolhe a população LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade corre o risco de fechar as portas devido a dificuldades financeiras
A Casa de Acolhimento LGBT mantida pela ONG Construindo Igualdade, em Caxias do Sul, corre o risco de encerrar as suas atividades por conta de dificuldades financeiras.
Inaugurada em maio de 2021, após anos de luta para a conquista do espaço e de verbas para iniciar o projeto, o local destinado para acolher população LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade é mantido atualmente com doações e verbas de ações promovidas pela própria entidade.
A Casa de Acolhimento Construindo Igualdade é a primeira deste modelo criada no Rio Grande do Sul. Conforme destaca a diretora da ONG, Cleo Araujo, a principal dificuldade que se apresenta para a manutenção do trabalho, além da financeira, é a falta de políticas públicas voltadas à população LGBTQIA+: “Para questão financeira nós fazemos uma rifa, fazemos um almoço, pedimos ajuda para as pessoas que podem e querem nos apoiar e fazer a diferença. Mas, neste um ano, nós não tivemos nenhuma ajuda do Poder Público. Por exemplo, nós entramos com o pedido de utilidade pública para ONG Construindo Igualdade e ainda está em processo, ou seja, tudo o que é voltado para o atendimento das pessoas LGBTQIA+ é demorado, mas nós precisamos urgentemente de políticas públicas”.
Cleo também destaca que nesse quase um ano de atividades, mais de 35 pessoas foram atendidas na Casa de Acolhimento que, além de disponibilizar a moradia, busca incluir os acolhidos no mercado de trabalho. “Nós tivemos alunos nos cursos de auxiliar de cabeleireiro, tivemos o curso do prepara ENEM, em que tivemos alunos que ganharam bolsa de 100% na universidade, outros não tinham o Ensino Fundamental ou Médio completos e hoje também estão na Universidade, muitos se inseriram no mercado de trabalho, então isso pra nós é sinal de vitória. Mas, para que possamos continuar com o trabalho precisamos sensibilizar os pensadores das políticas, porque hoje estamos dando o nosso grito de socorro para que possamos manter essa atividade. Pagamos o aluguel, pagamos a alimentação para essas pessoas e precisamos de apoio pra manter esse espaço”, destaca Cleo.
Atualmente, sete pessoas estão na Casa de Acolhimento. Os moradores podem permanecer no local por 12 meses, período em que contam com atendimento gratuito em saúde mental, assistência social e jurídica, além de acesso a cursos profissionalizantes. O valor necessário para manutenção das atividades gira em torno de R$ 4 mil por mês, incluindo aluguel, água, luz, internet e alimentação. Sem aporte de recursos públicos, a ONG conta com doações da comunidade e trabalho de voluntários.
Quem quiser auxiliar com doações de alimentos ou alimentos, com serviços voluntários ou ministrando oficinas pode entrar em contato com a diretora da ONG Construindo Igualdade, Cleo Araujo pelo telefone: (54) 9 9161-3078.
Os depósitos em dinheiro também podem ser feitos para:
DEPÓSITO BANCÁRIO - BANCO SANTANDER
Operação: 003
Conta: 13003602-8
Agência: 4522
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PIX
CNPJ: 06192924000113
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