Bens de Maurício Dal Agnol serão leiloados pela Justiça Federal
Datas estipuladas são 15 e 24 de março
Foto: Reprodução/imprensalivrers.blogspot.com.br
A 1ª Vara da Justiça Federal de Passo Fundo marcou para os dias 15 e 24 de março o leilão dos bens do advogado Maurício Dal Agnol. Ele responde a processos por lesar clientes, apropriando-se de parte de valores que eles tinham direito em ações judiciais. O objetivo é pagar R$ 52,4 milhões em dívidas de Dal Agnol com a União, mas os valores podem também beneficiar os lesados pelo advogado. Além disso, há penhora de mais de R$ 50 milhões em relação a dívidas no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul e cerca de R$ 2 milhões junto à Justiça do Trabalho.
O leilão deve colocar à disposição 31 imóveis de Dal Agnol, sendo o mais caro deles avaliado em R$ 31,4 milhões e o mais barato, em R$ 55 mil. No primeiro arremate, serão aceitos lances mínimos equivalentes a pelo menos 100% da avaliação de cada bem. No segundo leilão, serão aceitos, como regra, lances não inferiores a 50%, com possibilidade de parcelamento, segundo a Justiça Federal. O edital tem a assinatura do juiz Ricardo Soriano Fay, substituto da 1ª Vara Federal de Passo Fundo.
Foi em 2014 que a Polícia Federal, com apoio do Ministério Público Estadual, desencadeou a Operação Carmelina, com o objetivo de desarticular organização criminosa formada principalmente por advogados e contadores. Na ocasião, estimava-se que o grupo criminoso poderia ter lesado mais de 30 mil pessoas em valores que superariam R$ 100 milhões.
De acordo com o MP, foi apurado que uma renomada banca de advogados, com sede principal em Passo Fundo, captava clientes e ajuizava ações contra uma empresa de telefonia. As ações eram julgadas procedentes e o valor recebido não era repassado aos clientes ou era pago em quantia menor da que havia sido estipulada na ação.
“Carmelina” é o nome de uma senhora, lesada pelo grupo, que faleceu em decorrência de um câncer. Ela poderia ter um tratamento mais adequado se tivesse recebido a quantia aproximada de cem mil reais a que teria direito, valor que os criminosos nunca lhe repassaram.
Com informações da Rádio Uirapuru e do G1
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