Caxias do Sul integra grupo regional que discute a concessão das rodovias estaduais da Serra Gaúcha
Prefeitura é representada pelos secretários de Parcerias Estratégicas e Gestão de Recursos e de Trânsito, Transporte e Mobilidade
Caxias do Sul entrou para o grupo regional que realiza o debate sobre a concessão do polo rodoviário estadual da Serra Gaúcha. Nesta semana, o comitê esteve reunido na sede da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Bento Gonçalves e o município foi representado pelos secretários de Parcerias Estratégicas e Gestão de Recursos, Maurício Batista da Silva, e de Trânsito, Transporte e Mobilidade, Alfonso Willenbring Júnior.
Os estudos são realizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e podem ser entregues no mês que vem. A concessão para a iniciativa privada engloba rodovias como a ERS-122, ERS-240 e a ERS- 453. Ao todo, seriam concedidos mais de mil quilômetros. Caxias do Sul sofreria impacto direto com a iniciativa e é a maior cidade da região. Esses foram alguns dos motivos alegados pelo titular da pasta, Maurício Batista, para integrar o grupo. Segundo ele, o conselho busca analisar o trabalho feito pelo Governo do Estado e a entrada de Caxias ajudaria a não sobrecarregar outros municípios. Além disso, é necessário o auxílio na avaliação do modelo de negócio e o quanto de retorno viria para as estradas da Serra.
Por exemplo, é solicitado que a empresa vencedora faça a extensão da ERS-122, entre Portão e Campestre da Serra, da ERS-453, entre Farroupilha e Garibaldi e da ERS-446, entre Carlos Barbosa e São Vendelino. O contrato propõe que em cinco anos, a partir da assinatura da concessão, deve iniciar a duplicação da ERS-122, entre Farroupilha e São Vendelino, e da ERS-453, entre Farroupilha e Garibaldi. Caxias do Sul seria impactada com a colocação de faixas adicionais em toda a ERS-122, no trecho com Farroupilha. Batista vê que a parceria é uma alternativa positiva para o governo estadual, pois não conseguiria realizar no tempo necessário, devido à falta de recursos. A iniciativa traria melhorias nas rodovias da região.
A contrapartida seria a instalação de mais pedágios. O tema foi pautado na reunião entre as entidades e a preocupação está na localização dos pontos. Batista vê como necessário para que as empresas tenham ganhos, porém observa que o ideal seria a não necessidade de tarifas. Ele reafirma que essa cobrança gera celeridade nos investimentos das estradas, uma vez que o Estado não possui recursos para mudanças e a concessionária teria uma fonte de receita para as obras. É preciso que haja uma boa estruturação ou pode ter efeito contrário, como sobrecarregar o tráfego de veículos.
O prazo do Governo do Estado é de assinar a concessão em maio de 2022. A previsão foi apresentada no dia 24 de maio, pelo Secretário Extraordinário de Parcerias Estratégicas, Leonardo Busatto, em reunião com instituições serranas.
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