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Sebrae nacional destaca o avanço de Caxias em políticas públicas de inovação

por Pablo Ribeiro

Maiores destaques do município são nas vertentes Políticas Públicas, Capital e Governança

Foto: Prefeitura de Caxias do Sul/Divulgação

Caxias do Sul obteve um avanço significativo em Políticas Públicas de Inovação, segundo diagnóstico divulgado pelo Sebrae Nacional. Os dados foram coletados na edição de 2022 da Pesquisa ELI, que avalia o Nível de Maturidade dos Ecossistemas Locais de Inovação - nome dado à rede composta pelo setor público, setor privado, setor do conhecimento e sociedade civil organizada, que trabalha em conjunto para promover um ambiente favorável à inovação na cidade.

A pesquisa foi realizada com a finalidade de gerar contribuições ao aperfeiçoamento de processos, níveis de apoio, políticas e ações orientadas à inovação. As vertentes analisadas receberam classificação em uma escala de 0 a 5 pontos. Quanto maior a interação entre essa rede e mais efetivo for o aproveitamento dos recursos e da capacidade de trabalho de seus agentes, mais maduro o sistema é considerado.

Conforme a diretora de Inovação da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Inovação – SDEI, Raissa Camps, esse resultado mostra a importância das políticas públicas para um ambiente satisfatório. “Com o resultado do diagnóstico em 2022, percebemos o quão importante é o papel ativo do setor público em colaborar com o ecossistema, entender suas expectativas e necessidades e implementar políticas públicas que fortaleçam as iniciativas dos demais agentes”, ressalta.

Os maiores destaques de Caxias foram nas vertentes Políticas Públicas, Capital e Governança. Políticas Públicas passou de uma pontuação de 1,5 (2021), para 4 (2022), sendo evidenciado o recente aperfeiçoamento na legislação do município, com a criação da Política Municipal de Inovação, o do Fundo de Inovação e Incentivos Fiscais Municipais (Inova Caxias).

Sobre a vertente Capital, a evolução de 2,3 (2021) para 4 (2022), foi justificada pela pluralidade de diferentes modalidades e investimento disponível para a região. Já Governança evoluiu de 0 (2021) para 3 (2022), quesito no qual se identificou um comitê ativo, com participação de diferentes setores da sociedade, avançando em processo de consolidação e institucionalização. Nesse aspecto, o “Solo da Inovação” da Festa da Uva foi citado como ação coletiva do ecossistema, projeto coordenado pela SDEI e Sebrae e que, em parceria com 52 instituições da Governança, promoveu mais de 118 atividades nos 18 dias de evento.

Governança do Ecossistema de Inovação de Caxias do Sul surgiu em 2021

A Governança do Ecossistema de Inovação de Caxias do Sul surgiu em 2021 e, segundo o Coordenador de Tecnologia, Informação e Inovação da CDL Caxias do Sul e Coordenador do Bah3 | Integrar para Inovar, Cleber Figueredo, de lá para cá o grupo cresceu e hoje é formado por representantes de grandes e pequenas empresas, startups, poder público, academia e associações de classe. “Assim, representamos todos os agentes da quádrupla hélice. Mas acima de tudo somos formados por voluntários entusiasmados e entusiastas da inovação”, afirma.

Neste ano, as ações estão concentradas no incentivo ao uso das novas políticas públicas de inovação criadas. Outros temas como educação empreendedora para inovação e uma maior conexão entre as instituições também são prioridades para o ano.

Também foram identificadas, na Pesquisa ELI, vertentes com grande potencial de desenvolvimento para o município: Ambientes de Inovação, desde o estágio de pré-incubação de ideias até o estágio de aceleração avançada de negócios; as ICTI (instituições de ciência, tecnologia e inovação; com a existência de significativa variedade de iniciativas de suporte à inovação e ao empreendedorismo e os Programas e Ações, como o Startup Caxias, lançado na última semana, e que foi cocriado com diversas instituições do nosso ecossistema, representadas no Conselho Municipal de Inovação.

Esse relatório apresentado pelo Sebrae foi realizado com agentes de 31 localidades, distribuídas em 10 Unidades Federativas brasileiras, abrangendo as seis vertentes de análise: Ambientes de Inovação, Programas e Ações, Políticas Públicas, Capital, ICTI e Governança, em comparação com a edição 2021, evidenciando as principais dimensões de evolução de cada vertente e recomendações para implementação futura.

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