Proprietários de restaurantes, bares e lancherias demonstram descontentamento com o decreto da Prefeitura de Caxias
Baixar ÁudioCapacidade máxima permitida nos locais e horário de funcionamento são os principais pontos questionados
Os trabalhadores do setor realizaram manifestações contra as restrições impostas pelo decreto da Prefeitura de Caxias do Sul com as medidas de prevenção contra a Covid-19. Um dos pontos questionados pelos proprietários é a limitação do horário de funcionamento de bares, restaurantes, pubs, lancherias e similares entre 5h às 23h59. A definição de ocupação máxima de 25% da capacidade permitida pelo Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI), com limitação a 70 pessoas sentadas também gerou descontentamento.
O regramento estadual do novo Sistema 3As de Monitoramento permite a ocupação máxima de 40% das mesas, com clientes sentados e máximo de cinco pessoas por grupo. Porém, a prefeitura optou por decretar normas mais rígidas na parte variável do protocolo diante do temor de uma terceira onda do coronavírus.
Conforme o presidente do Sindicato Empresarial da Gastronomia e Hotelaria Região Uva e Vinho (SEGH), Vicente Homero Perini Filho, também existem pontos dos protocolos estaduais que não atenderam às expectativas do setor, como a não liberação do sistema de autosserviço no buffet dos restaurantes. “Nisso ainda não tivemos um avanço. Principalmente os estabelecimentos de almoço buffet acabam tendo mais filas, mais demora e também precisa de mais mão de obra, então pra nós é um custo altíssimo. A gente estava reivindicando também uma liberação de 60% da capacidade dos ambientes ao invés de 40%, pois isso também gera filas, principalmente ao meio-dia”.
Sobre os hotéis, Perini afirmou que a flexibilização para 75% de ocupação para estabelecimentos com o Selo Turismo Responsável e de 60% para aqueles locais que não possuem o selo, foi positiva.
Ainda conforme Perini, a pandemia impactou de forma bastante acentuada o setor que registra um percentual de 30% de demissões, desde o início da pandemia. Ele também afirmou que o SEGH tem registro de pelo menos 30 estabelecimentos que encerraram as atividades na Região Uva e Vinho, por conta das dificuldades. Nesse índice, não constam as empresas que não são registradas no sindicato. Para saber mais, confira a entrevista em “Ouvir Notícia”.
Comentários