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Percival Puggina aborda em reunião-almoço da CIC ideias que travam progresso do Brasil

por Ivan Sgarabotto

Jornalista gaúcho palestrou na abertura do calendário anual de eventos da entidade

Foto: Julio Soares/Objetiva

A palestra do jornalista e escritor gaúcho Percival Puggina abriu, nesta quarta-feira, 17, a agenda de reuniões-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) no ano de 2018. Foi também a estreia do novo presidente da entidade, Ivanir Gasparin, na condução do evento.

Com o tema “Seis ideias que paralisam o Brasil”, Puggina apresentou suas reflexões sobre o momento político, econômico e social do País. De acordo com ele, entre as ideias que estão impedindo a prosperidade brasileira está a de que “o Brasil não tem jeito porque sempre foi assim". É um conceito depreciativo e falso, em sua opinião. “O Brasil já foi um País respeitado e respeitável, onde as pessoas queriam vir morar”, disse o jornalista.

A segunda ideia errônea é de que "a educação é direito de todos e dever do Estado e deve preparar para a cidadania". Para o palestrante, estudar e educar-se é dever de todos, e a chamada preparação para a cidadania nada mais é do que aparelhamento partidário do sistema público e privado de ensino. “No Brasil, estuda-se o mínimo para passar e não para aprender conteúdos”, completou.

Percival Puggina citou ainda a afirmação de que “o Estado deve cuidar das pessoas", o que é errado na ótica do jornalista. Ele explicou que o Estado teria por compromisso socorrer os realmente necessitados, enquanto os demais deveriam cuidar de si próprios. “Só quando isso acontece é que o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) avança”.

A quarta ideia apresentada pelo palestrante preconiza que “é possível criar do nada e sem dinheiro um Estado de bem-estar social". Segundo ele, isso é produto do processo constituinte e do trabalho de doutrinação promovido pela esquerda brasileira ao longo dos últimos 40 anos.

Na sequência, falou da premissa de que “o Brasil deve perseguir o ideal de uma sociedade igualitária". Na reflexão do escritor, trata-se da tentativa de desmitificar o conceito ideológico que confunde igualdade com justiça e acena com uma sociedade igualitária. Para ele, as consequências dessa ideia no Brasil contemporâneo têm sido terríveis. Por fim, mencionou a ideia de que “as instituições brasileiras não funcionam". Bem ao contrário, afirmou. “Elas funcionam perfeitamente e todas as consequências com que nos defrontamos derivam de seu funcionamento”, concluiu.

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