Grupo de pais e familiares de crianças e jovens com diabetes tipo 1 promove debate neste sábado
Baixar ÁudioInstituto de Leitura Quindim será o palco para o encontro de profissionais com múltiplas abordagens
Imagine a cena: um bebê recém-nascido que por diversas vezes ao dia, tem o pezinho perfurado por um medidor que tira uma gota de sangue para a medição do diabetes. Imagine agora isso acontecendo por toda uma vida.
Para amenizar esse sofrimento o Instituto de Leitura Quindim aderiu à causa do coletivo Gotas de Vida - famílias com crianças e jovens de Diabetes tipo 1 Mellitus (DM1), que visa um tratamento correto e seguro para os portadores por meio da inclusão do sensor Free Style Libre, no sistema público de saúde para crianças e adolescentes. No dia 11/11, a partir das 14h, o grupo Gotas de Vida e o Instituto Quindim promovem o evento “Doce Novembro – Um encontro de conhecimento, cultura e diversão”, que terá profissionais da área da psicologia e endocrinologia, que farão talks com o público adulto, enquanto que as crianças serão recebidas no Ateliê Araçari, um ambiente preparado com atividades artísticas e lúdicas. Tudo isso para proporcionar uma tarde de muita troca de conhecimento e cultura, sobre o DM1.
O programa Temática, ouviu neste terça-feira, um dos palestrantes do evento, o policial militar, árbitro e personal trainer Mateus Wagner. Ele descobriu ser diabético em 2017 e desde então se tornou uma inspiração sobre aprender a conviver com a doença. Confira a entrevista completa em áudio (acima).
A saber:
1) O grupo caxiense Gotas de Vida, criado no início de 2023, é formado por familiares de crianças e adolescentes com Diabetes tipo 1 Mellitus. Atualmente são em torno de 60 famílias, com aproximadamente 140 crianças e adolescentes com DM1 na cidade. A luta do Gotas de Vida é unir pais e familiares interessados em sensibilizar a área da saúde pública afim de garantir um melhor tratamento para as crianças e jovens via SUS. Além de divulgar ao máximo o Diabetes tipo 1 para acabar com a falta de conhecimento e preconceito social. E a tecnologia é uma aliada nesse processo.
2) O Free Style libre é um sensor glicêmico em formato de botão, que fica fixo na pele da criança e recebe o sangue. Através dele é possível que a glicemia seja monitorada apenas passando o leitor ou o celular no sensor (como um scaner), a qualquer hora, inclusive na madrugada, momento em que as glicemias costumam cair ou subir bastante e os pais ou responsáveis precisam ficar em constante alerta. Além de mostrar a glicemia, o sensor também avisa se o número apresentado irá se manter estável, subir ou descer. Já existe no exterior versões mais novas, que apitam, mas sem previsão para chegarem no Brasil. O nacional é comprado em farmácias, a cada 14 dias, e tem um custo médio de R$ 300,00.
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