Audiência pública encaminha demandas de feiras populares em Caxias do Sul
Encontro mediado pela Assembleia Legislativa e apoiado pela Frente A Maesa é Nossa, da Câmara Municipal, ocorreu na noite desta segunda-feira (06/11)
Demandas relacionadas à formalização, investimentos e capacitação dos expositores da Feira Maesa Cultural e da Feira Turística e Cultural, ambas realizadas em Caxias do Sul, foram debatidas na noite desta segunda-feira (06/11) no Legislativo caxiense. O encontro surgiu por solicitação do deputado estadual Pepe Vargas/PT à Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, da Assembleia Legislativa, e teve apoio da Frente Parlamentar A Maesa é Nossa, presidida pelo vereador Rafael Bueno/PDT. Cerca de 100 pessoas participaram. O presidente da Câmara Municipal vereador Zé Dambrós/PSB fez a abertura oficial do encontro.
Uma das solicitações dos participantes foi de que a Feira Maesa Cultural entre para o calendário de eventos do Estado. Em relação à Feira Turística e Cultural, no segundo domingo de cada mês e que já teve sete edições com média de 150 participantes, o pedido foi de que passe a fazer parte do calendário oficial do município. Também foi sugerido que sejam aprimoradas e adaptadas às novas realidades as legislações que tratam do trabalho dos artesãos e feirantes. Integrantes de entidades também participaram da audiência, como Sebrae, União das Associações de Bairros (UAB) e FGTAS Caxias. Representantes das secretarias da Cultura, Carine Turelly, e do Desenvolvimento Econômico e Inovação, Daniela Maino, manifestaram-se sobre programas encaminhados pelas pastas. Feirantes também falaram e pediram pontos como melhoria de infraestrutura, mais divulgação e flexibilidade para exposição dos trabalhos, além da cobertura da Rua Plácido de Castro, em frente à Maesa.
A principal feira da cidade, perto do complexo da Maesa, tem trazido uma média de 250 a 300 expositores (65% de artesãos) em cada uma das 18 edições já realizadas. Com rotatividade de expositores considerada baixa (cerca de 10%) e programada para o terceiro domingo de cada mês, já movimentou em torno de R$ 2,5 milhões de faturamento, com a participação de mais de 100 artistas locais e regionais e 35 entidades realizando ações sociais.
Pepe Vargas comandou os trabalhos e destacou que a Feira da Maesa, por exemplo, já tem mais significado do que o Brique da Redenção, tradicional evento da Capital. Segundo ele, ambas as feiras tratadas na audiência pública estão cada vez mais consolidadas em Caxias do Sul e é preciso avançar nesse sentido.
Para Rafael Bueno, o debate foi fundamental para buscar alternativas e ampliar as feiras, sempre visando o incremento entre negócio e turismo, além da ocupação dos espaços públicos. O parlamentar ainda disse que os moradores, inclusive da região, estão ávidas por ações como as feiras. Bueno lamentou a falta de secretários municipais na audiência, já que os eventos estão consolidados e geram cultura, renda e turismo.
Já o presidente da Associação Amigos da Maesa (Amaesa), que tem a gestão das duas feiras, Paulo Sausen, disse que é preciso avançar, inclusive, na participação dos feirantes na Festa da Uva de 2024. Também solicitou que sejam estudadas parcerias para qualificar o trabalho dos feirantes, o que aprimoraria os eventos.
Participaram do evento, além do vereador Rafael Bueno, os parlamentares Estela Balardin/PT, Rose Frigeri/PT, Clóvis Xuxa/PTB, Felipe Gremelmaier/MDB, Lucas Caregnato/PT, Lucas Diel/PDT, Maurício Scalco/NOVO e Olmir Cadore/PSDB.
Dados
Pesquisa recente mostra que o Micro Empreendedor Individual é responsável por 70% dos CNPJs do país, outros buscaram na inspiração artesanal seu modo de agregar rendimentos ou sobrevivência e que apenas em Caxias do Sul há mais de 2 mil artesãos cadastrados.
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