Em oitiva da CPI da Câmara, ex-supervisora da UPA Central traz à tona falhas do InSaúde
A audiência de Margarete Zietolie foi realizada na tarde desta quinta-feira, na sala das comissões da Câmara Municipal
Falhas do Instituto Nacional de Pesquisa e Gestão em Saúde (InSaúde), empresa licitada para o gerenciamento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central, foram apontadas em oitiva, realizada na tarde desta quinta-feira (05/10). A informação partiu de audição de Margarete Zietolie, ex-supervidora de Atendimento da UPA. A atividade deu sequência à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, presidida pelo vereador Rafael Bueno/PDT.
De acordo com ela, que atuou na unidade de 10 de maio a 18 de novembro de 2022, a atuação do InSaúde não tem boa avaliação. “Seria para urgência e emergência, mas acabou absorvendo uma demanda muito grande da cidade que deveria caber às unidades básicas de saúde (UBSs). Só que faltam médicos. As próprias UBSs orientavam para que as pessoas fossem à UPA, mesmo em casos básicos’, relatou.
No que diz respeito às escalas médicas, Margarete contou que havia um desequilíbrio a previsão de profissionais e o trabalho demandado. “O InSaúde, que recebeu apontamento por 400 falhas, tinha um contrato com uma empresa, mas existia uma dificuldade”, comentou.
A ex-supervidora apontou, ainda, que, no período da Covid-19, foram pagos aos médicos valores excedentes aos médicos. Afirmou que a medida não tinha a autorização da Secretaria Municipal da Saúde. Enfatizou que os pagamentos sempre foram contestados.
Até o momento, já foram ouvidos, de maneira presencial, seis depoentes. São eles: o então diretor da UPA Central, Alessandro Ximenes (28/08), já substituído por Marcel Bertini; a diretora da UPA da Zona Norte, Renata Demori (31/08); a secretária municipal da Saúde, Daniele Meneguzzi (05/09); a presidente do Sindisaúde Caxias (sindicato dos trabalhadores do setor), Bernadete Giacomini (15/09); o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Alexandre Silva (25/09); ex-supervidora de Atendimento da UPA Central Margarete Zietolie (05/10).
O funcionamento da CPI está previsto para 120 dias. Além do presidente Bueno, outros 14 parlamentares assinaram o ofício 379/2023, que originou a CPI. Também fazem parte da comissão o vice-presidente dela, vereador Maurício Scalco/NOVO, e a relatora, vereadora Estela Balardin/PT. Completam a formação de dez integrantes os parlamentares Adriano Bressan/PTB, Alberto Meneguzzi/PSB, Alexandre Bortoluz/PP, Olmir Cadore/PSDB, Renato Oliveira/PCdoB, Rose Frigeri/PT e Velocino Uez/PTB.
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