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Aumento do número de vítimas fatais em acidentes com motos preocupa sindicato

Baixar Áudio por Isadora Helena Martins

Conforme presidente do Sindimoto, o problema também é culpa da falta de ações do poder público

Foto: Arquivo Tua Rádio São Francisco
Foto: Divulgação

São muitos os fatores que podem explicar o rápido crescimento das mortes de motociclistas por todo o Brasil, mas, todos os estudos recentes apontam que as causas principais são procedimentos de risco dos próprios condutores, como andar no chamado corredor das vias e, também, o consumo de álcool. Se o risco de morrer em uma colisão de automóvel já é significativo, a depender das circunstâncias do acidente, sobre uma motocicleta essas chances são 20 vezes maiores. Esse número sobe para 60 vezes se a pessoa não estiver usando o capacete, item obrigatório pela legislação.  

Em Caxias do Sul, nos últimos meses, apesar de não se ter um número total finalizado entre órgãos de trânsito na região, é notado o elevado índice de registros de acidentes com a participação de motociclistas nos registros policiais, inclusive com registros de óbitos.  

Durante entrevista à Tua Rádio São Francisco, o Presidente do Sindicato dos Motociclistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindimoto), Valter Ferreira, disse que no trânsito são muitos os culpados pelos acidentes e não só os motociclistas. O líder sindical criticou o posicionamento do próprio Detran e osb governos Municipais que jogam sobre o motociclista a culpa, quase que totalmente, nos registros de acidentes de trânsito. “Não adianta a gente achar um culpado e ficar atirando naquela pessoa sem contribuir para que o processo se resolva. Eu acho que o poder público, seja no âmbito municipal ou estadual, no caso o Detran, é de uma inércia abissal nesse sentido, porque para os profissionais nós temos a lei 12.009 que exige uma qualificação de 30 horas. E isso não exclui o município de fazer uma regulamentação municipal factível. Eu já fui várias vezes na Secretaria de Trânsito de Caxias e as coisas não andam. Então há um descaso do poder público municipal”, salientou.

Para Ferreira, é preciso que o Detran esteja mais próximo dos motociclistas. “Se o Detran quisesse realmente fazer um trabalho realmente focado nos motociclistas, ele faria. Teríamos uma lei estadual cada um dos seus municípios iguais, teríamos técnicos mais aprimorados na forma de conduzir o veículo. Temos várias empresas irregulares aí em Caxias, várias contratações irregulares. As empresas normalmente contratam jovens recém habilitados, porque esses custam menos, mas, eles se expõem muitos mais a riscos, o que causa um grande dano social e econômico”.      

De acordo com o Sindimoto, Caxias do Sul possui, atualmente, 36 mil motos na sua frota.

Ouça no link acima da foto.

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