Série Especial 'Caminhoneiros: os viajantes do progresso' - Parte 1
No primeiro episódio da série, vamos conhecer o panorama atual das más condições das rodovias, o que impacta negativamente na economia e logística do Brasil
Transportar o progresso de norte a sul do Brasil: essa pode ser considerada a principal função do caminhoneiro, o profissional que, diariamente, faça chuva ou faça sol, arrisca a própria vida percorrendo as estradas brasileiras. Rodovias que, durante décadas, enfrentam o descaso por parte dos governos, o que acaba atravancando a eficiência logística do país, devido às más condições de trafegabilidade, sejam elas na sinalização, na pavimentação e na geometria das vias.
Recentes dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT) revelam que em 2015, o investimento federal em infraestrutura de transporte em todos os segmentos foi de apenas 0,19% do PIB (Produto Interno Bruto). O valor investido em rodovias (R$ 5,95 bilhões) foi quase a metade do que o país gastou com acidentes apenas na malha federal (R$ 11,15 bilhões) em 2015. Já em 2016, até setembro, dos R$ 6,55 bilhões autorizados para investimento em infraestrutura rodoviária, R$ 6,34 bilhões foram pagos.
O presidente da Federação Nacional das Associações de Caminhoneiros e Transportadores (FENACAT), Luiz Carlos Neves afirma que a situação das estradas é cada vez mais caótica, o que acaba impactando negativamente na economia do Brasil.
Segundo o presidente da Federação dos Caminhoneiros Autônomos do Rio Grande do Sul (FECAMRS), André Luis Costa, de nada adianta ter eficiência em setores produtivos como a agricultura e a indústria, por exemplo, se não existir uma rodovia em boas condições para a realização do transporte.
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