"Nacionalidade é uma roupa que está ficando apertada". A afirmação é da coordenadora do Centro de Atendimento ao Migrante (CAM), irmã Maria do Carmo Gonçalves dos Santos. A religiosa foi a convidada desta semana do quadro Conectado Perfil, que coloca em destaque a vida de figuras marcantes da Região Metropolitana da Serra Gaúcha. O programa Conectado é exibido de segunda a sábado, das 07h às 09h, com apresentação de Ronaldo Bueno e produção de Ivan Sgarabotto.

Trajetória
Natural de Rio Grande, Maria do Carmo dos Santos Gonçalves nasceu em 21 de janeiro de 1975. É filha de Ismael Gonçalves e Eloá dos Santos Gonçalves.

Maria do Carmo despertou desde cedo para a vocação religiosa. Ainda na infância, aos sete anos de idade, começou a participar de encontros organizados por freiras na terra natal e, na adolescência, se aproximou da Pastoral da Juventude.

O ingresso na vida religiosa veio aos 21 anos. Motivada a trabalhar pelo povo e ser missionária, entrou na Congregação das Irmãs Scalabrinianas. Formada em filosofia pela Universidade de Caxias do Sul e mestre em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre, a religiosa já trabalhou na capital gaúcha, em Fortaleza e Brasília, além de ter passado por França, Bélgica e Itália.

Em 2010 assumiu a coordenação do Centro de Atendimento ao Migrante e passou a atuar ativamente na acolhida a senegaleses, haitianos e ganeses que escolheram o Brasil em busca de novas oportunidades. Aos 43 anos de idade, a irmã Maria do Carmo é reconhecida como uma das vozes mais importantes na defesa dos direitos humanos na Serra Gaúcha.

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