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Chiquinho Divilas: um multiplicador da cidadania

por Pablo Ribeiro

Músico, rapper, educador social, poeta e palestrante, Chiquinho foi o entrevistado do programa Conectado Perfil, na manhã deste sábado (7)

Foto: Pablo Ribeiro/Tua Rádio São Francisco

Ele é rapper, educador social e poeta. Jankiel Francisco Claudio pode soar com um nome desconhecido, mas quando ouvimos Chiquinho Divilas, a história muda. Sua carreira iniciou em 1997 como músico no grupo Poetas Divilas, com o parceiro MC Paulista. É filho de Suzana Maria Claudio e Antônio Davenir Claudio (já falecido). Foi criado pelos avós, dona Clari Camargo e Francisco Camargo.

Ouça aqui o programa completo:  PARTE 1  |  PARTE 2  |  PARTE 3

Chiquinho nasceu e foi criado na Zona Oeste de Caxias do Sul, nas redondezas do Estádio Centenário. “Eu tive tudo pra dar errado, mas tive muita sorte de conhecer o rap e de estar na hora certa e lugar certo ao conhecer o Paulista, que trouxe alguns discos dos Racionais MCs, Thaíde e DJ1. Aí então eu fui hipnotizado pelos discos”.

Após passar por algumas escolas, entre elas o Cristóvão de Mendoza, Chiquinho ganhou uma bolsa de estudos para realizar um supletivo e concluir os estudos. “Eu começo a rimar a matéria escolar e começo a gostar de estudar, e não parei mais de estudar e rimar”.

Chiquinho formou-se em Relações Públicas pela Universidade de Caxias do Sul (UCS). É pós-graduado em Gestão de Pessoas, também pela UCS, e mestre em Diversidade Cultural e Inclusão Social na Universidade Feevale, onde também está realizando o doutorado. Ele promoveu a primeira Festa de Formatura com a Comunidade, dividindo a conquista com crianças, adolescentes e moradores dos bairros pobres.

Em suas palestras, Chiquinho aborda a cultura hip-hop, sua linguagem e elementos em escolas, periferias, penitenciárias e empresas. Em 2014, ele foi agraciado com o Prêmio Jovem de Atitude, pela Instituição Criança Feliz. Já em 2015 recebeu a Medalha da Comenda Zumbi dos Palmares de Caxias do Sul.

“É necessário trabalhar com a cultura e a educação, de mãos dadas. As comunidades precisam frequentar mais as escolas, pois os professores estão sozinhos. É muito fácil a gente falar que a educação não está legal e jogar pedras nos professores, mas e as lideraçãs comunitárias? Estão fazendo essa ponte com as escolas? A pesquisa do Dr. Marcos Rolim diz “A evasão escolar leva o jovem para a ociosidade”. Se na “quebrada” não tem nada, então a chance para que esses jovens entrem para o crime são gigantes, e a gente sabe a estatística pesada que nós temos. A Zona Oeste é uma dessas regiões violentas e que, de certa forma, de uns anos pra cá, nós não estamos mais no topo, e isso é importante. É preciso fomentar o trabalho que as lideranças do Beltrão de Queiroz estão fazendo”.

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