A força da família: homem doa rim a irmão doente em Soledade
Com 100% de compatibilidade, irmão não pensou duas vezes antes de doar órgão
Foto: Paulinho Paes/Rádio Cristal
No início foram três meses enfrentando dores na barriga com problemas na alimentação, pressão alta, dores na cabeça e ânsia de vômito. José Carlos da Costa, 30 anos, o "Dorva", procurou um médico para saber do que tratava-se esta dor.
Lá Dorva ouviu que podia tratar-se de um problema de gastrite, porém, a situação complicou-se com dores nas pernas e dores fortes na cabeça. Procurando o hospital Frei Clemente, o jovem de 30 anos foi internado com cálculo renal em seu diagnóstico.
Após a diagnose, Dorva foi encaminhado para a Clínica Nefrológica para tratar o caso diretamente com a médica Fabiane Fogaça com a insuficiência de seu rim. Em seus exames, constava uma grave anemia, problemas com elementos necessários para a boa funcionalidade do órgão como Fósforo, Potássio e Cálcio, além de problemas com o colesterol alto, sendo necessário o começo da hemodiálise.
"Antes de começar o tratamento, eu pensava que isso iria me deixar debilitado, mas foi o contrário, já comecei a me sentir melhor. Bem aos pouquinhos vai melhorando", informou José, falando também sobre as dificuldades enfrentadas, cuidando alimentos, tendo que se readequar.
José Carlos ficou um ano e um mês fazendo o tratamento de hemodiálise e em agosto de 2015, ele entrou para a fila de doação de órgão, esperando por um novo rim. O hospital pediu aos familiares alguns exames para ver se havia, na família, um doador compatível.
É aí que entra na história Sebastião Oliveira da Costa, 34 anos, irmão de Dorva, que após exames foi constatada a compatibilidade em 100% para doação do rim. Os irmãos contam que desde o conhecimento da paridade dos rins, a ideia foi para a doação.
Sebastião contou que gostaria de doar, pois tratava-se de seu irmão. "Fica um pra mim e outro pra ele", brincou o irmão de Dorva. Em um ano, foi marcada a cirurgia para o transplante de rim e ocorreu dentro da normalidade.
"Não tem palavras que eu posso dizer para ele, Deus vai pagar pra ele o que ele fez por mim", declarou Dorva. A partir de agora, ele acredita que poderá ter de volta sua vida antes da doença.
Para André, pai de Sebastião e Dorva, foram momentos de angústia e com muita fé, o transplante e a aceitação do rim deram certos. Já a mãe Ana Tereza, em meio a lágrimas, contou que agora tem que cuidar bem dos filhos, e que eles sempre foram muito próximos.
"Na nossa família sempre nos demos muito bem, todo mundo se ajuda", declarou Sebastião ainda alertando para quem puder doar, doe. Segundo ele, não há maior felicidade que ver o sorriso em quem a gente ama.
Ouça a história da família de José Carlos e Sebastião da Costa
Comentários