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Guaporé avança na Educação Infantil, aponta o TCE/RS

por Eduardo Cover Godinho

Estudo do Tribunal de Contas do Estado destaca que Município é um dos melhores em solo gaúcho

Melhorias nas dependências dos educandários contribuem para a formação das crianças
Foto: Divulgação

O Tribunal de Contas do Estado (TCE/RS) divulgou no mês de dezembro uma nova edição da radiografia da Educação Infantil no Rio Grande do Sul. A publicação tem como base o ano de 2015, e traça um panorama da situação da oferta de vagas na educação infantil em solo gaúcho. O objetivo do diagnóstico é estimular a constante ampliação da oferta de vagas em creches e avaliar o atendimento pelos Municípios do previsto nas metas do Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado pela Lei Federal nº 13.005/2014. Guaporé, assim como aconteceu em anos anteriores, tem avançado na oferta e na qualidade dos serviços prestados às crianças de 0 a 5 anos. O município, segundo o TCE/RS, saltou do 22º para o 18º lugar em taxa de atendimento no ensino.

Guaporé, assim como outras 146 cidades no Estado, atingiram a meta de atendimento das crianças de 0 a 3 anos e não há, segundo o diagnóstico, vagas para serem criadas nessa faixa etária. No total, são 839 crianças atendidas nas redes municipal e privada. Para os pequenos de 4 a 5 anos é necessária a criação de 21 vagas, sendo que o Município atendeu em 2015 o total de 463. São 1.302 que recebem ensino qualificado e atenção especial nos educandários guaporenses. A taxa chega a 86,23%. O TCE/RS classificou Guaporé na 18º posição entre os 497 municípios gaúchos. Nos dois últimos anos bases, a cidade havia ficado na 22ª posição.

A ex-secretária da Educação, Valéria Prestes de Oliveira, que esteve a frente da pasta na gestão 2013/2016, afirmou que o diagnóstico representa a confirmação do bom trabalho executado por todos os diretores e docentes dos educandários do município, independente de serem da rede pública ou privada.

“Foi preciso uma dedicação constante e muitos investimentos durante 12 anos tendo um olhar especial para educação infantil. Antes mesmo de se tornar parte da educação básica para o país, Guaporé já valorizava essa etapa como primordial para o desenvolvimento da criança, essencialmente, no que tange o processo de aprendizagem o qual se torna conhecimento abstrato no ensino fundamental e certamente potencializa e encaminha para o ensino médio. O TCE está divulgando, mas os maiores beneficiados são os guaporenses que usufruem do sistema. A escola pública com qualidade é o resultado de muitos braços e só se tornou realidade devido ao comprometimento de todos os profissionais que lá atuam, eles é que merecem os parabéns”.

Segundo o estudo do TCE/RS, Guaporé evoluiu no número de matrículas em “creches” e na pré-escola desde 2010. Eram 869 alunos matriculados em 2010, contra 1.281 em 2015. Deste total, a grande maioria frequenta o ensino público o que demanda fortes investimentos nas áreas físicas e ações eficazes para que os docentes e educandos se sintam motivados a cada vez mais ensinar e aprender.

“Elencar ações seria pequeno diante do que é necessário todos os dias com relação à educação infantil. Se falarmos de obras, poder-se-ia citar a construção de duas novas escolas e a ampliação e reformas das outras três existentes; contratação de recursos humanos e técnicos na área da educação; formação continuada e pontual a todos os servidores que atuam nas escolas. A qualidade na educação infantil para a Secretaria Municipal de Educação se efetiva quando os pais demonstram através do processo de avaliação o alto grau de satisfação no atendimento, sendo cinco escolas com média registrada com mais de 90% da aceitação da sistemática de trabalho. Não basta investir, é precioso efetivar”, destacou a ex-gestora da pasta de educação.

Mesmo longe do comando da Secretaria Municipal de Educação, a ex-secretária Valéria, destacou que o município vai continuar crescendo na qualidade do ensino, mas há muito ainda a fazer.

“Muito há para se fazer no espaço da educação infantil da rede municipal de ensino inclusive em infraestrutura, pois é uma constante, são prédios que exigem muito cuidados e uma idade que requer mais atenção; são profissionais que necessitam respeito e valorização e são crianças que precisam de carinho, cuidado e estimulação, sujeitos providos de direitos, cidadãos de hoje. O jeito de fazer é importante, mas o essencial é a parceria que se constrói com a família e o grande resultado que temos a nível de Guaporé também se dá graças ao alto grau de exigência do nosso povo. É possível fazer e fazer bem feito, tendo discernimento para buscar melhorar a cada dia”, disse.

Se Guaporé precisa criar apenas 21 vagas na Educação Infantil, o Estado necessita de 156.491 para que as metas estabelecidas pelo PNE sejam alcançadas. O Rio Grande do Sul ocupava a 19ª posição no ranking de atendimento de matrículas na educação infantil em 2008 quando o TCE/RS iniciou o acompanhamento. Em 2015, o Estado subiu para o 7º lugar.

“Ainda estamos aquém do desejado, mas o Estado evoluiu muito nos últimos anos”, afirmou o conselheiro Cezar Miola.

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