A partir de 1º de janeiro de 2025, entra em vigor uma nova regra para a utilização de vale-pedágio nas rodovias brasileiras, afetando diretamente o pagamento das tarifas, inclusive do pedágio eletrônico. A medida determina que serão aceitos apenas modelos de vale-pedágio que permitam o pagamento automático das tarifas. Isso implica a descontinuação dos vales-pedágios físicos, como cupons ou cartões, que têm sido utilizados até o momento.

De acordo com a DBtrans, empresa responsável pela gestão do vale-pedágio, os cupons atualmente em circulação poderão ser emitidos até o dia 31 de dezembro de 2024, com validade até 31 de janeiro de 2025. Após esse período, os vales-pedágios serão vinculados à placa do veículo, garantindo que o pagamento seja realizado por meio de sistemas digitais, como o pedágio eletrônico.

Essa mudança é resultado de uma resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que determina que as Fornecedoras de Vale-Pedágio Obrigatório (FVPO) habilitadas comprovem, até o fim deste mês, que seus modelos operacionais estão adaptados para a cobrança digital. O vale-pedágio é amplamente utilizado por transportadores de carga para o pagamento antecipado das tarifas em rodovias concedidas do país.

A medida afeta diretamente os motoristas de carga, especialmente os caminhoneiros, que dependem desse sistema para realizar o pagamento do pedágio durante suas viagens. É essencial que os profissionais do setor se atentem às novas regras e dialoguem com seus embarcadores para garantir a adaptação ao novo modelo.

Ricardo Peres, diretor-presidente da CSG, esclarece que as mudanças não representarão custos adicionais para os clientes que utilizam o vale-pedágio. “A alteração vem ao encontro do objetivo do pedágio eletrônico, que é simplificar a experiência dos motoristas de carga em rodovias sob concessão, principalmente evitando paradas, além de facilitar as formas de pagamento, sem onerar as transportadoras e os caminhoneiros. Com a ampliação deste modelo, as regras ficam mais claras para todos os usuários”, afirmou Peres.

A transição para o sistema digital busca também desburocratizar o processo, proporcionando maior agilidade e eficiência no pagamento das tarifas, com a expectativa de que a nova medida traga mais benefícios aos motoristas e ao setor de transporte como um todo.