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Regional Sindical de Passo Fundo se prepara para a 7ª Marcha das Margaridas

por Camila Agostini

Mais de 40 mulheres da região estarão entre as mais de 100 mil esperadas para o evento que acontece nos dias 15 e 16 de agosto, em Brasília

Trabalhadoras rurais de todo o Brasil estarão reunidas, nos dias 15 e 16 de agosto, em Brasília, para a realização da 7ª edição da Marcha das Margaridas. A estimativa é de que cerca de 600 mulheres gaúchas estarão entre as mais de 100 mil esperadas para o evento. Ligada à Fetag,  a Regional Sindical de Passo Fundo será representada por 49 mulheres, que nesta sexta-feira, 28/07, estiveram reunidas no auditório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Marau, em encontro preparatório.

A mobilização deste ano tem o lema Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver. A marcha é organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), com o apoio de outras entidades sindicais. Participam camponesas, quilombolas, indígenas, cirandeiras, quebradeiras de coco, pescadoras, marisqueiras, ribeirinhas e extrativistas de todo o Brasil.

 “Representamos parte de milhares de mulheres que tem suas atividades ligadas à rotina do campo, em diversos territórios rurais. Muitas de nós não imaginam o quanto algumas mulheres que estarão em Brasília durante a marcha vivem um realidade difícil e diferente da nossa. Esta experiência também, sempre nos enriquece muito”, destaca Gedi Zanin Durante, secretária do STR de Marau. “Muitas mulheres vivem as piores condições de acesso à terra e à água. É por elas e por nós que seguimos lutando”, acrescentou Gedi.

Durante a reunião preparatória, as mulheres receberam, a visita da deputada federal, Reginete Bispo. Nascida em marau, a parlamentar petista mantém as políticas públicas para mulheres entre as prioridades do mandato.

A pauta da Marcha das Margaridas de 2023 foi construída em diversas reuniões pelo país, realizadas desde 2021, e apresenta uma série de assuntos que as mulheres consideram necessários para “combater a violência sobre os nossos corpos” e “efetivar programas, medidas e ações que contribuam para nossa autonomia econômica”.

Organizada a cada quatro anos desde o ano 2000, o nome do evento é uma homenagem à trabalhadora rural e líder sindical paraibana Margarida Maria Alves, assassinada em 1983. Margarida é um dos maiores símbolos da luta das mulheres por reconhecimento social e político, igualdade e melhores condições de trabalho e de vida no campo e na floresta.

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