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Campanha Máscara Roxa: mulheres vítimas de violência doméstica podem fazer denúncias em farmácias

Baixar Áudio por Pablo Ribeiro

A campanha iniciou com 600 farmácias de uma rede, e hoje já são 1.314 unidades de quatro redes envolvidas em todo o estado, mas está aberta para novas adesões de qualquer farmácia interessada em participar

Foto: Divulgação

O enfrentamento à violência contra as mulheres no Rio Grande do Sul é a prioridade da Campanha Máscara Roxa, que foi lançada na primeira semana de junho. Com a iniciativa, mulheres vítimas de violência doméstica podem denunciar casos de agressões nas farmácias que tiverem o selo “Farmácia Amiga das Mulheres”, durante o período de isolamento social devido à pandemia do coronavírus.

Ao chegar na farmácia, a mulher deve pedir a máscara roxa, que é a senha para que o atendente saiba que se trata de um pedido de ajuda. O profissional dirá que o produto está em falta e pegará alguns dados para avisá-la quando chegar. Após, o atendente da farmácia passará à Polícia Civil as informações coletadas, via WhatsApp, para que o órgão tome as medidas necessárias.

Os atendentes estão recebendo capacitação online para o procedimento e para garantir a segurança da vítima. A campanha iniciou com 600 farmácias de uma rede, e hoje já são 1.314 unidades de quatro redes envolvidas em todo o estado, mas está aberta para novas adesões de qualquer farmácia interessada em participar.

A campanha foi produzida pela Agência Moove de Porto Alegre, a partir de uma iniciativa do Comitê Gaúcho ElesPorElas, da ONU Mulheres, coordenado pelo deputado estadual Edegar Pretto (PT). Ela se concretiza a partir de um termo de cooperação assinado em conjunto com órgãos ligados aos poderes Executivo e Judiciário e entidades vinculadas à pauta das mulheres. Pretto falou sobre a campanha em, entrevista à Tua Rádio São Francisco necta segunda-feira (22).

Ouça AQUI a entrevista completa.

Em abril, durante o período de isolamento devido à pandemia, aumentou em 66,7% o número de casos de feminicídios no RS em relação ao mesmo mês do ano passado. Ao todo, 10 mulheres foram assassinadas este ano por questões de gênero em um mês - foram 6 em 2019, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado.

No Brasil, o número de feminicídios cresceu 22,2% nos meses de março e abril, em 12 estados, em comparação ao mesmo período de 2019, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Ano passado, foram 117 vítimas nesses dois meses. Já este ano, 143.

Segundo Edegar Pretto, o objetivo é envolver também farmácias que estão em cidades menores. Interessados devem contatar o Comitê Gaúcho ElesPorElas: 051 991993641 | [email protected]. Para isso, serão realizadas mobilizações regionais com gestores municipais, empreendedores da área e representantes de instituições e órgãos que integram o Comitê.

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