Suspensos temporariamente, os processos de demarcação de terras indígenas foram retomados na região. A continuidade dos trabalhos atende à ação do Ministério Público Federal de Passo Fundo, após decisão obtida junto ao Tribunal Regional da 4ª Região.

Dessa forma, o assunto ganha, novamente, ampla repercussão nos municípios de Ciríaco, Gentil, Água Santa e Mato Castelhano, onde cerca de 30 mil hectares de área são reivindicados pela população indígena.

A pedido dos municípios e seus respectivos procuradores, uma reunião foi realizada na manhã desta segunda-feira, 10/10, com a presença do Procurador do Estado do Rio Grande do Sul, Rodinei Candeia. Também participaram da reunião, representantes de Sindicatos Rurais, produtores e proprietários das terras a serem demarcadas. Candeia atua há mais de 20 anos em procedimentos demarcatórios, e como procurador, já emitiu parecer contrário quanto aos processos da região que atingem localidades como a faixa de domínio da BR 285 e o Distrito de Campo do Meio, pertencente ao município de Gentil.

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Candeia contesta laudos incluídos aos processos que, segundo o procurador, podem ter sido manipulados e, por consequência, apresentam-se irregulares. Segundo ele, a orientação repassada aos produtores e representantes legais do município, é para que nos próximos dias, seja atendido prazo para as manifestações de interesse em produzir material técnico, com provas de natureza antropológica e histórica, em defesa da propriedade da terra e contra a demarcação da área.

Conforme o procurador, na região, cerca de oito mil pessoas são atingidas pelos processos demarcatórios.