ABPM ameaça entrar na Justiça para impedir importação de maçã da Argentina
Entidade entende que existe risco de introdução de praga nos pomares brasileiros
A Associação Brasileira dos Produtores de Maçã, ABPM, estuda a possibilidade de ingressar na Justiça para assegurar que a importação de maçã da Argentina permaneça suspensa. O governo brasileiro interrompeu temporariamente a entrada da fruta no País por causa do risco de ingresso da praga cydia pomonella no final de março, mas no último dia 17 de junho revogou a medida.
O Brasil foi declarado no ano passado como livre dessa praga que ataca os pomares comerciais de maçã. Uma longa ação de quase 20 anos foi desencadeada pelo setor e órgãos públicos para controlar a cydia e agora todo esse esforço está correndo riscos, destaca o diretor executivo da ABPM Moisés Albuquerque. Em abril do ano passado ocorreu uma cerimônia em Vacaria com a presença do então Ministro Neri Geller (foto).
Conforme o dirigente advogados da entidade estão estudando as formas que irão buscar a Justiça, inclusive, poderão pedir auxílio ao Ministério Público. Moisés acrescenta que faz quatro meses que o setor tenta agendar uma audiência com a Ministra da Agricultura.
O coordenador do programa de combate a cidya pomonella pesquisador da Embrapa Adalécio Kovalesky destaca que foi observado durante uma auditoria em pomares argentinos uma grande infestação da praga. Segundo ele não há como controlar pós colheita a presença da lagarta na fruta.Adalécio destaca que entre os requisitos fitossanitários a serem implementados estaria importar maçã e pera apenas de áreas livres da cydia ou então com baixa prevalência da mosca nos pomares.
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