RS é certificado internacionalmente como zona livre de aftosa sem vacinação
A retirada da vacinação contra a febre aftosa representa, também, economia de R$ 214 milhões ao ano para os produtores gaúchos
Nesta quinta-feira (27/05), ocorreu o ato histórico de obtenção do certificado do Rio Grande do Sul como Estado livre da febre aftosa sem vacinação, emitido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). A Assembleia Geral da OIE para oficializar o novo status sanitário ocorreu em Paris, e, na sequência, houve uma live organizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com a presença do governador Eduardo Leite (PSDB), da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e das secretárias Silvana Covatti (Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural) e Ana Amélia Lemos (Relações Federativas e Internacionais), entre outras autoridades, para celebrar a conquista e destacar os avanços a partir do certificado.
Leite destacou o esforço do Estado, especialmente por meio da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e de todo o setor agropecuário para alcançar essa importante conquista, em uma mobilização que envolveu pecuaristas, produtores rurais e entidades ligadas ao agronegócio gaúcho. “Investimos em viaturas, em contratações de equipes técnicas para nossas inspetorias veterinárias, para que tenhamos a condição de segurança para liberar o Estado da vacinação da febre aftosa. E por que isso é tão importante? Porque sendo reconhecido como um Estado que está livre da febre aftosa sem vacinação, muitos países que não aceitam importações da carne produzida no RS, vão poder aceitar importação daquilo que a gente produz, e isso vai abrir fronteiras para exportação da nossa produção de proteína animal, agregando valor ao que produzimos, gerando mais emprego e mais renda”, acrescentou.
Conforme a Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, até 2026, o objetivo é tornar o Brasil livre da aftosa sem vacinação. Ela também agradeceu o empenho dos estados.
O Estado se prepara desde 2017 para obter o novo status sanitário. Como zona livre de aftosa sem vacinação, o Rio Grande do Sul terá acesso a mercados como Japão, Coreia do Sul, México, Estados Unidos, Chile, Filipinas, China (carne com osso) e Canadá, alcançando até 70% dos compradores mundiais.
A expectativa, segundo dados da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, é de que haja aumento nas exportações da carne gaúcha de cerca de US$ 1,2 bilhão anuais. A retirada da vacinação contra a febre aftosa – suspensa no Estado desde março de 2020 – representa, também, economia de R$ 214 milhões ao ano para os produtores gaúchos, levando-se em conta os custos das doses, a logística de distribuição, mão de obra e a perda de peso dos animais por reação à vacina.
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