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Diversidade marca Censo Agro no Rio Grande do Sul

por Ivan Sgarabotto

Na serra gaúcha há o predomínio das pequenas propriedades com uma grande variedade de produtos

Foto: José Zasso

A diversidade da produção agropecuária do Rio Grande do Sul é o principal desafio para o Censo Agropecuário 2017, que está no terceiro mês, com 47% da coleta realizada. Na serra gaúcha e nas regiões norte e noroeste do estado, predominam as pequenas propriedades, com uma grande variedade de produtos, enquanto na metade sul e na região da fronteira oeste encontram-se estabelecimentos maiores, geralmente dedicados à monocultura, tradicionalmente o arroz ou a pecuária.

Essa diversidade afeta a operação censitária no estado explica o coordenador operacional do Censo Agropecuário no Rio Grande do Sul, Luís Eduardo Puchalski.

Maior produtor nacional de uva, arroz, batata-doce, fumo e trigo, segundo a Produção Agrícola Municipal (PAM) de 2016, do IBGE, o Rio Grande do Sul tem o campo como um ponto central de sua economia. A agropecuária familiar é a responsável pela maior parte da produção gaúcha de feijão, milho, mandioca e de leite de vaca, produtos que estão no cotidiano da mesa de famílias na área rural e nas cidades.

Na avaliação do presidente da Fecoagro-RS (Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul), Paulo Pires, culturas como trigo e arroz não oferecem ao produtor a segurança necessária, muito pela dependência do clima, o que faz a produção variar constantemente. Questões tarifárias e de importação também interferem na produção local.

Ainda assim, o trigo e o arroz seguem tendo uma importância significativa no estado. Os dados da PAM mostram que o valor da produção de arroz em casca foi de R$ 6 bilhões, enquanto a de trigo chegou a R$ 1,3 bilhão em 2016. A última edição do Censo Agropecuário, realizada em 2006, mostrou que existiam 19.766 estabelecimentos agropecuários destinados à produção de trigo no Rio Grande do Sul, sendo 14.379 de agricultura familiar, pelos critérios definidos pela Lei Federal 11.326/06. O arroz estava presente em 11.967 estabelecimentos agropecuários, sendo 7.176 destes de agricultura familiar.

Esse avanço da soja para exportação é ainda mais significativo na região de cultura de milho e nas áreas antes destinadas às pastagens para criação de bovinos na região dos pampas.

O Censo Agropecuário terá a coleta de dados executada de outubro de 2017 a fevereiro de 2018, adotando-se como referência o período de 1º de outubro de 2016 a 30 de setembro de 2017, ao qual deverão estar relacionados os dados sobre a propriedade, produção, área, pessoal ocupado, etc. A data de referência adotada para a pesquisa é 30 de setembro de 2017, à qual estarão referidas as informações sobre estoques, efetivos da pecuária, da lavoura permanente e da silvicultura, entre outras totalizações.

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