Moro, o fora, o acima, o parcial, o ...
Qual é a função da lei? Qual a função da justiça? Qual a função da democracia? Qual a função da política? Qual a função do Estado? Qual a função da Operação Lava Jato? Qual a função da mídia? Qual a função dos cargos públicos? Qual a função do servidor público? Qual a função do Mistério Publico Federal? Qual a função do juiz federal? Qual a função do ministro do Estado? Estas são todas perguntas decorrentes do personagem chamado Moro. Elas não dizem respeito a vida pessoal de Moro, mas da sua função pública como juiz e do seu envolvimento ao mundo político partidário como ministro do Estado.
Essas questões não são de ontem, portanto, do passado. Mas, questões de hoje, porque o ex-juiz e o ex-ministro Sérgio Moro, entrou num estralar de dedos para história do Brasil e como uma nuvem passageira saiu dela, deixando os brasileiros a ver navios. Moro já não é mais juiz do Estado brasileiro. Ministro do governo Bolsonaro já não é mais. Como professor da universidade pública de Curitiba foi dispensado. Para a tristeza de alguns também não é mais candidato a presidente da república para 2022. Para os caras pintadas e ingênuos sonhadores, Moro não representa mais o baluarte da ética e da moral. Aos que se intitulam de apolítico, apartidário, embora encham o peito para dizer que são antipetistas, Moro não é o salvador da pátria. Pior, os de codinome não carregam em praça pública um estandarte com sua imagem ou uma camiseta personalizada com seu rosto. Moro já não mora mais no Brasil e ninguém mais pode se aproximar dele para fazer uma selfie. Ademais, sente incômodo se algum brasileiro o fotografa em lugares públicos como frequentando os luxuosos shoppings centers e restaurantes dos Estados Unidos. Moro assumiu sua identidade: é um cidadão estadunidense e funcionário da empresa Alvarez & Alvarez nos Estados Unidos. Em suma, um cidadão estadunidense imunizado contra todo tipo doença, incômodo social e pobreza.
Mas, sua história com o Brasil ainda está em aberto. A história de Moro nos coloca questões agudas sobre os interesses da elite brasileira, dos grupos econômicos internacionais e do domínio político dos Estados Unidos sobre o continente latino-americano. Todo movimento político de Moro como juiz, coordenador da Operação Lava Jato e ministro da justiça do governo Bolsonaro foi orientado pelo governo norte-americano de Donald Trump. Por essa conexão Moro agiu de má fé frente à Operação Lava Jato, onde todas as suas sentenças foram insuficientes, anuladas pelo Supremo Tribunal Federal e por outras instâncias jurídicas imparciais. Hoje tornou-se público que boa parte de suas sentenças condenatórias foram manipuladas em vista de suas pretensões políticas de chegar ao Supremo Tribunal Federal e a presidência da república. Embora, não tenha conseguido ocupar estes dois postos, mas sua conduta modificou o rumo do Brasil ao condenar o inocente ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e lideranças políticas nacionais do Partido dos Trabalhadores. Nitidamente em pareceria com as forças políticas americanas trabalhou para a eleição do Jair Bolsonaro, do qual foi seu confesso defensor e ministro da justiça.
Por outro lado, Lula preso durante 580 dias foi absolvido de todos os processos pelo Supremo Tribunal Federal e por todas as Instâncias da Justiça Brasileira. No frigir dos ovos a história condenou Moro, a ponto de perceber que não havia mais clima para morar e atuar no Brasil. Na avaliação dos brasileiros expressa nas redes sociais a Moro, é atribuída uma nova nomenclatura, como: o fora-da-lei; o acima-da-lei; o corrupto; o vendido; o americano, o quadrilha e o ... Essa situação quem a criou foi próprio Moro. Evidentemente, hoje sua vida pessoal não diz respeito a nós brasileiros. Mas nossa atenção volta-se sobre o mal que ele causou vitimando as classes populares pelo desemprego e pela destruição de toda uma estrutura econômica e industrial de grande empreendimento para o desenvolvimento do Brasil.
É esse o resultado que chama atenção e que precisa ser refletido e o ex-juiz ser julgado pelos seus atos. A história precisa passar a limpo o que estava por trás de Moro e como servia os interesses do governo norte-americano e aos grupos econômicos dos Estados Unidos, nos quais hoje trabalha. Notório era seu discurso moralista de combate à corrupção com objetivo de fortalecimento do fascismo político, para o delírio dos desinformados como dos “lavajatistas” e dos “bolsoclorominons”. Sua falácia pela narrativa da lava-jato, promovida pela mídia e pelo discurso plutocracia, levou a 14 milhões de desempregados, quebra de centenas de empresas brasileiras e um prejuízo de bilhões para o Estado brasileiro. Foi cúmplice de Bolsonaro que levou o país e os brasileiros para UTI. Certamente, todos sabemos, defensor confesso de privilégios e beneficiado por auxílios públicos, outros capítulos surgirão sobre Moro. Infelizmente, essa triste narrativa da história do Brasil continuará, por um lado, o herói refugiou-se junto aos seus, os patriotas estadunidenses, e por outro lado, “quem não deve não teme” busca organizar sua vida e reagrupar voluntários para tirar o Brasil da UTI. Quem sabe, este consiga reorganizar o Brasil em torno de um Plano Nacional para salvar vida da pobreza, da miséria, do abandono social, humano, econômico e político.
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