Risco de acidentes com animais peçonhentos aumentam durante o verão
O maior número de ocorrências são por picada de aranha
Os acidentes causados por animais peçonhentos aumentam 61% durante o verão, segundo dados da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). De dezembro a março, são registrados, em média, 29 casos por mês em Caxias do Sul. Em 2017, foram notificados 262 acidentes, sendo que 96 deles ocorrenram no primeiro trimestre do ano.
O número de episódios que envolvem aranhas são os mais frequentes, ao longo do ano passado foram 192 casos. A diretora da Vigilância em Saúde, Maria Ignez Bertelli, falou sobre medidas preventivas para evitar esse tipo de acidente. “Ao se expor a situações ou locais propícios, como matas, campings e galpões, as pessoas devem usar luvas e sapatos bem fechados. Também recomenda-se inspecionar roupas, calçados e toalhas antes de usar e não colocar as mãos em buracos na terra, em árvores ou sob lenhas e pedras”, alertou ela.
Caso ocorra um acidente com um animal peçonhento, a recomendação é procurar atendimento médico imediatamente para que o tratamento adequado seja feito. Em Caxias do Sul, as vítimas podem procurar tanto as Unidades Básicas de Saúde quanto os serviços de urgência e emergência. Até a chegada ao serviço de saúde, o ideal é lavar o local da picada com água e sabão, manter a vítima em repouso e com o membro elevado.
Dicas de prevenção
- Olhar sempre com atenção o local de trabalho;
- Não colocar as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, entre espaços situados em montes de lenha e pedras;
- Não mexer em colmeias ou vespeiros. Contatar a autoridade local competente para remoção;
- Inspecionar roupas, calçados, toalhas, roupas de cama, panos de chão e tapetes antes de usá-los;
- Afastar camas e berços das paredes e evitar pendurar roupas de cama fora dos armários;
- Não deixar que lençóis ou cobertores sobre as camas e berços encostem no chão;
- Se encontrar um animal peçonhento, afastar-se com cuidado e evitar assustá-lo ou tocá-lo, mesmo que pareça morto;
- Em locais rochosos ou com pedras soltas, caminhar sempre com os pés protegidos por um calçado firme, de solado antiderrapante;
- Em atividades de pesca, manusear cuidadosamente os peixes durante sua retirada do anzol ou rede;
- Em rios e lagos, atenção com o risco de ferimentos por arraias, bagres ou quaisquer outros animais aquáticos perigosos conhecidos na região;
Em caso de acidentes
- Em acidentes nas extremidades do corpo, como braços, mãos, pernas e pés, retirar acessórios que possam levar à piora do quadro clínico, como anéis, fitas amarradas e calçados apertados;
- Não amarrar (torniquete) o membro acometido e, muito menos, cortar e/ou aplicar qualquer tipo de substância (pó de café, álcool, entre outros) no local da picada;
- Não tentar “sugar com a boca” o veneno, essa ação apenas aumenta as chances de infecção local;
- Informar ao profissional de saúde o máximo possível de características do animal causador do acidente, como tipo de animal, cor, tamanho etc.
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