Anvisa e Instituto Butantan discutem pesquisas da ButanVac
Na manhã desta terça-feira (29), técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reuniram com representantes do Instituto Butantan. A reunião tratou do estudo clínico da ButanVac, imunizante contra Covid-19 desenvolvido pelo Instituto.
Em nota, a Anvisa afirmou que “o objetivo foi avaliar os dados apresentados pelo Instituto, que estão sendo levantados antes do início da aplicação da vacina em seres humanos”. Mesmo que o imunizante já tenha a aprovação da Anvisa, a aplicação da ButanVac em voluntários ainda não iniciou, pois há necessidade da apresentação de dados específicos. A agência diz que um exemplo “são os dados que tratam da inativação do vírus utilizado na vacina”.
O Governo de São Paulo pretendia iniciar os testes com a ButanVac ainda em junho, no entanto, o prazo não será cumprido. Mesmo assim, o Butantan abriu pré-cadastro para realizar a seleção de aproximadamente 420 voluntários acima de 18 anos, que farão parte da primeira rodada dos ensaios clínicos.
Como funciona a ButanVac
A ButanVac começou a ser desenvolvida há um ano. Ela utiliza a mesma tecnologia da vacina da gripe, já fabricada pelo Butantan. O imunizante é feito a partir de um vírus de gripe aviária inativado, chamado Newcastle. Esse vírus funciona como vetor para transportar a proteína Spike, que é por onde o coronavírus se liga às células humanas. Esse fragmento da proteína Spike instrui o corpo a induzir a resposta imune contra a covid-19.
A nova vacina usará a proteína da variante do Amazonas (Gama), de acordo com o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, cepa do coronavírus que deve predominar no país. Assim como a vacina da gripe, a ButanVac é criada dentro de ovos embrionados, não havendo necessidade de insumos importados. O número e intervalo das doses serão definidos após o fim dos testes clínicos.
Fonte: R7.com
Comentários