Uma a cada oito crianças sofre de ansiedade
Segundo relatório de instituição americana, 80% delas não recebe tratamento adequado
É verdade que, em uma dose saudável, a ansiedade pode ajudar a se preparar melhor para uma situação crítica. Ficar ansioso por causa de uma prova é um bom motivo para estudar mais. Mas nem sempre é assim. Às vezes, a sensação é tão intensa e causa tanto mal-estar que a pessoa fica paralisada e não consegue agir. Não existe exame clínico capaz de detectar um nível de ansiedade considerado acima do normal. Por isso, cabe aos pais ficarem atentos: se os sintomas passam a atrapalhar a qualidade de vida da criança, se são persistentes por mais de três meses e se alteram o comportamento dela, é importante procurar um especialista.
É comum que crianças ansiosas apresentem outras doenças associadas, como depressão e Transtorno de Déficit de Atenção (TDAH), que é o caso mais comum. Cerca de 30% das crianças que sofrem com esse transtorno também manifestam ansiedade. De acordo com um relatório do Child Mind Institute (EUA), publicado em 2015, oito em cada dez crianças com ansiedade diagnosticável não fazem nenhum tipo de tratamento.
O pediatra integrante do Comitê de Desenvolvimento e Comportamento da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Renato Santos Coelho, falou sobre o assunto em entrevista especial ao programa Temática. Confira na íntegra.
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