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Em três dias, 1,01% da população de Veranópolis procurou por atendimento na Unidade de Triagem Respiratória

por Ana Júlia Griguol

De segunda a quarta-feira (22, 23 e 24/02), Veranópolis registrou o maior número de procura por atendimentos (279) e também, o maior número de confirmação de casos positivos de Covid-19, sendo 127.

Foto: Prefeitura de Veranópolis

Prestes a completar um ano, a pandemia de Covid-19 no Brasil já registra cerca de 250 mil mortos e mais de 10 milhões de casos confirmados da doença. Embora tenham mais de 9 milhões de pacientes curados, os casos e o número de mortes decorrentes da doença estão aumentando. 

A preocupação com a segurança e saúde da população também é uma realidade no Rio Grande do Sul que, pela primeira vez, teve mais de 68% da população gaúcha classificada na bandeira preta, a qual indica risco altíssimo para esgotamento da estrutura hospitalar e velocidade de propagação de coronavírus.

O Município de Veranópolis, que no Distanciamento Controlado faz parte da região de Caxias do Sul, foi classificado na bandeira preta e, por decisão das autoridades locais, aderiu ao Modelo de Cogestão, o qual possui medidas menos restritivas que a cor preta, tendo estas características mais próximas da bandeira vermelha. 

1,01% que preocupa

Embora as autoridades tenham optado em adotar um modelo mais flexível, os números em Veranópolis são preocupantes. Somente nesta semana, de segunda a quarta-feira (dias 22, 23 e 24 de fevereiro), 268 pacientes procuraram por atendimento na Unidade Municipal de Triagem Respiratória, o que representa 1,01% da população veranense

O Médico Piero Bonfada, que atende no centro de triagem e que desenvolveu um sistema de monitoramento da unidade, afirmou que nunca houve uma demanda tão grande em tão pouco tempo. “Em apenas três dias, 1,01% da população veranense procurou atendimento médico na Unidade de Triagem Respiratória, ou seja, de cada 100 pessoas que vivem em Veranópolis, uma consultou”, destaca. 

Conforme o Sistema de Monitoramento, os três dias desta semana superaram o recorde de atendimentos diários na unidade. Na segunda-feira (22) foram realizadas 95 consultas, na terça-feira (23), foram 83 consultas médicas e, na quarta-feira, 101, totalizando 279 consultas. Deste número (279), consideram-se 268 pacientes diferentes e 258 que procuraram a unidade pela primeira vez. 

Consequentemente, o número de casos confirmados também aumentou. De segunda a quarta-feira, 127 novos casos foram registrados, sendo este o maior número de confirmações em três dias desde o início da pandemia em Veranópolis. No boletim epidemiológico divulgado na quarta-feira (24), o município registra 147 casos ativos, 16 óbitos e 1893 pacientes recuperados. 

Maior número de atendimentos em um único dia 

A quarta-feira, dia 24, foi o dia com o maior número de atendimentos registrados na história da pandemia em Veranópolis. “Nunca tivemos tantos atendimentos em um dia só. A segunda-feira sempre foi o dia com maior número de procura, seguida da terça e depois da quarta-feira. O que chama atenção, especialmente nesta semana, é que a quarta-feira foi o pior dia e, devemos lembrar, que nessa situação, não temos casos acumulados do final de semana”, afirma o doutor.

Com o aumento da demanda, a Secretaria da Saúde do Município reorganizou o ambiente, reforçou a equipe médica e ampliou o espaço para atendimento. Para o médico Piero Bonfada, a situação dos próximos dias ainda é imprevisível. “Certamente está havendo um avanço da doença e não sabemos exatamente o motivo. Pode ser uma nova variante do vírus, ou por motivos de viagens para praia ou outras exposições, enfim, ainda não temos como saber”. 

Adultos com idades entre 35 e 40 anos são os que mais procuram atendimento

A partir dos dados e gráficos obtidos pelo Sistema de Monitoramento, o público que mais procura por atendimento na Unidade de Triagem Respiratória em Veranópolis, principalmente, são os adultos com idades entre 35 e 40 anos, embora, a partir dos 20 anos até os 50 anos, a procura seja intensa. 

O sistema avalia a procura por atendimentos por faixas etárias, considerando desde lactentes (crianças com até dois anos de idade) até idosos com 80 anos ou mais. Em todas as faixas etárias consideradas, com exceção das crianças, as mulheres, geralmente, buscam atendimento mais do que os homens. 

Ainda, conforme o sistema, não há uma localização do município em que a população residente procure por mais atendimento, isso quer dizer que há um equilíbrio na distribuição de casos, sejam eles suspeitos, confirmados ou negativados.

 

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