Alerta aos serviços de saúde sobre os riscos de acidentes por animais peçonhentos nos meses de verão
Confira algumas dicas sobre os riscos de acidentes por animais peçonhentos nos meses de verão.
- AUMENTO DOS ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS NO PERÍODO DE VERÃO (DEZEMBRO A MARÇO)
Nos meses de verão (dezembro a março) há um aumento no número de acidentes por animais peçonhentos em relação aos demais meses do ano: cerca de 40% dos acidentes são registrados nessa época.
- RECOMENDAÇÕES
Principais cuidados a serem tomados para evitar acidentes com animais peçonhentos terrestres:
- Em locais ou situações de risco para acidentes por animais peçonhentos (ex: florestas, matas, trilhas, áreas com acúmulo de lixo, atividades de lazer, de limpeza, serviços de jardinagem, entre outros), utilize sempre equipamentos de proteção individual (EPI).
- Caso o risco seja de contato com serpentes, use minimamente: luvas de couro, botas de cano alto e perneira;
- Caso o contato seja com aracnídeos (escorpiões e aranhas) e outros insetos, use minimamente: sapatos fechados e luvas grossas;
- Olhe sempre com atenção o local de trabalho e os caminhos a percorrer;
- Não coloque as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvore, cupinzeiros, entre espaços situados em montes de lenha ou entre pedras. Caso seja necessário mexer nestes locais, é sugerido o uso de um pedaço de madeira, enxada etc;
- Não mexa em colméias ou vespeiro;
- Inspecione roupas, calçados, toalhas de banho e de rosto, roupas de cama, panos de chão e tapetes, antes de usá-los;
- Afaste camas e berços das paredes e evite pendurar roupa fora do armário;
- Não deixe que lençóis ou cobertores sobre as camas e berços encostem-se ao chão. Escorpiões e aranhas podem utilizá-los como apoio para subir e se abrigar entre esses tecidos e travesseiros;
- Caso encontre um animal peçonhento, afaste-se com cuidado e evite assustá-lo ou tocá-lo, mesmo que pareça morto;
Principais cuidados a serem tomados para evitar acidentes por animais aquáticos peçonhentos:
- Em locais rochosos ou com pedras soltas, caminhe sempre com os pés protegidos com um calçado firme, de solado antiaderente (tênis ou sapatilha);
- Fique longe das áreas com grande população de ouriços-do-mar;
- Evite colocar as mãos desprotegidas em tocas ou sob rochas;
- Evite banhos em praias onde aconteceram acidentes recentes por águas vivas e caravelas;
-Em rios e lagos atenção com o risco de ferimentos por araias, bagres ou quaisquer outros animais aquáticos perigosos conhecidos na região. Em áreas de reconhecida ocorrência de arraias, caso seja indispensável ainda dentro da água, tatear o caminho com um pedaço de madeira e arrastar os pés no chão, cuidadosamente, ao caminhar;
- Em atividades de pesca, manuseie cuidadosamente os peixes durante sua retirada do anzol ou rede;
Principais recomendações em caso de acidente com animais peçonhentos:
- Procure atendimento médico imediatamente;
- Se possível, lave o local da picada com água e sabão (exceto por águas-vivas ou caravelas), mantenha a vítima em repouso e com o membro acometido elevado até a chegada ao pronto socorro;
- Em acidentes nas extremidades do corpo, como braços, mãos, pernas e pés, retire acessórios que possam levar à piora do quadro clínico, como: anéis, fitas amarradas e calçados apertados;
- Não amarre (torniquete) o membro acometido e, muito menos, corte e/ou aplique qualquer tipo de substância (pó de café, álcool, entre outros) no local da picada;
- Não ingira ou ofereça bebida alcoólica ao acidentado;
-Especificamente em casos de acidente com águas- vivas e caravelas, primeiramente, para alívio da dor inicial, use compressas geladas de água do mar (ou pacotes fechados de gelo- “cold packs” – envoltos em panos, se disponível). Em seguida, realize a lavagem do local da lesão com ácido acético a 5% (Ex: vinagre), sem esfregar a região acometida, para evitar o aumento de envenenamento. A remoção dos tentáculos aderidos á pele deve ser realizada de forma cuidadosa, preferencialmente com uso de pinça ou lâmina. Procure assistência médica para avaliação clínica do envenenamento e, se necessário, realização de tratamento complementar;
- Não tente “sugar com a boca” o veneno, essa ação apenas aumenta a chance de infecção local;
- Informe ao profissional de saúde o máximo possível de característica como tipo de animal, cor, tamanho, entre outras;
Informações: Vigilância Epidemiológica - Secretaria de Saúde de Veranópolis
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