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Alerta aos serviços de saúde sobre os riscos de acidentes por animais peçonhentos nos meses de verão

por Marco Aurélio Santana
Foto: Divulgação

Confira algumas dicas sobre os riscos de acidentes por animais peçonhentos nos meses de verão.

 

  • AUMENTO DOS ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS NO PERÍODO DE VERÃO (DEZEMBRO A MARÇO)

Nos meses de verão (dezembro a março) há um aumento no número de acidentes por animais peçonhentos em relação aos demais meses do ano: cerca de 40% dos acidentes são registrados nessa época.

 

  • RECOMENDAÇÕES

Principais cuidados a serem tomados para evitar acidentes com animais peçonhentos terrestres:

- Em locais ou situações de risco para acidentes por animais peçonhentos (ex: florestas, matas, trilhas, áreas com acúmulo de lixo, atividades de lazer, de limpeza, serviços de jardinagem, entre outros), utilize sempre equipamentos de proteção individual (EPI).

 - Caso o risco seja de contato com serpentes, use minimamente: luvas de couro, botas de cano alto e perneira;

 - Caso o contato seja com aracnídeos (escorpiões e aranhas) e outros insetos, use minimamente: sapatos fechados e luvas grossas;

- Olhe sempre com atenção o local de trabalho e os caminhos a percorrer;

- Não coloque as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvore, cupinzeiros, entre espaços situados em montes de lenha ou entre pedras. Caso seja necessário mexer nestes locais, é sugerido o uso de um pedaço de madeira, enxada etc;

- Não mexa em colméias ou vespeiro;

- Inspecione roupas, calçados, toalhas de banho e de rosto, roupas de cama, panos de chão e tapetes, antes de usá-los;

- Afaste camas e berços das paredes e evite pendurar roupa fora do armário;

- Não deixe que lençóis ou cobertores sobre as camas e berços encostem-se ao chão. Escorpiões e aranhas podem utilizá-los como apoio para subir e se abrigar entre esses tecidos e travesseiros;

- Caso encontre um animal peçonhento, afaste-se com cuidado e evite assustá-lo ou tocá-lo, mesmo que pareça morto;

 

Principais cuidados a serem tomados para evitar acidentes por animais aquáticos peçonhentos:

- Em locais rochosos ou com pedras soltas, caminhe sempre com os pés protegidos com um calçado firme, de solado antiaderente (tênis ou sapatilha);

- Fique longe das áreas com grande população de ouriços-do-mar;

- Evite colocar as mãos desprotegidas em tocas ou sob rochas;

- Evite banhos em praias onde aconteceram acidentes recentes por águas vivas e caravelas;

-Em rios e lagos atenção com o risco de ferimentos por araias, bagres ou quaisquer outros animais aquáticos perigosos conhecidos na região. Em áreas de reconhecida ocorrência de arraias, caso seja indispensável ainda dentro da água, tatear o caminho com um pedaço de madeira e arrastar os pés no chão, cuidadosamente, ao caminhar;

- Em atividades de pesca, manuseie cuidadosamente os peixes durante sua retirada do anzol ou rede;

 

 Principais recomendações em caso de acidente com animais peçonhentos:

- Procure atendimento médico imediatamente;

- Se possível, lave o local da picada com água e sabão (exceto por águas-vivas ou caravelas), mantenha a vítima em repouso e com o membro acometido elevado até a chegada ao pronto socorro;

- Em acidentes nas extremidades do corpo, como braços, mãos, pernas  e pés, retire acessórios que possam levar à piora do quadro clínico, como: anéis, fitas amarradas e calçados apertados;

- Não amarre (torniquete) o membro acometido e, muito menos, corte e/ou aplique qualquer tipo de substância (pó de café, álcool, entre outros) no local da picada;

- Não ingira ou ofereça bebida alcoólica ao acidentado;

-Especificamente em casos de acidente com águas- vivas e caravelas, primeiramente, para alívio da dor inicial, use compressas geladas de água do mar (ou pacotes fechados de gelo- “cold packs” – envoltos em panos, se disponível). Em seguida, realize a lavagem do local da lesão com ácido acético a 5% (Ex: vinagre), sem esfregar a região acometida, para evitar o aumento de envenenamento. A remoção dos tentáculos aderidos á pele deve ser realizada de forma cuidadosa, preferencialmente com uso de pinça ou lâmina. Procure assistência médica para avaliação clínica do envenenamento e, se necessário, realização de tratamento complementar;

- Não tente “sugar com a boca” o veneno, essa ação apenas aumenta a chance de infecção local;

- Informe ao profissional de saúde o máximo possível de característica como tipo de animal, cor, tamanho, entre outras;

Informações: Vigilância Epidemiológica - Secretaria de Saúde de Veranópolis

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