Em uma semana, Veranópolis confirmou 30 casos de Covid-19, número que representa um aumento crescente na propagação do vírus que, atualmente, possui 58 casos confirmados, sendo que, destes, 27 são ativos e 31 estão curados. Ainda, conforme informações da Secretaria da Saúde municipal, 225 pessoas testaram negativo para o novo coronavírus.

Durante entrevista na Tua Rádio Veranense no sábado (20), o Prefeito de Veranópolis Waldemar de Carli, considera que, em uma semana, o número de casos confirmados poderá dobrar. 

Na sexta-feira (19), o segundo paciente foi transferido do Hospital Comunitário de Veranópolis para a UTI, em Caxias do Sul. Tal fato permite considerar uma média de que, a cada 30 casos confirmados no município, um paciente necessite de atendimento em unidade de terapia intensiva. 

Aumento de casos

Desde o dia 20 de março, quando teve início o trabalho da Unidade Sentinela e demais cuidados em relação a pandemia, até o dia 14 de junho, Veranópolis tinha registrado apenas 28 casos, número que, praticamente, dobrou em poucos dias. Para tanto, o Prefeito Waldemar De Carli acredita que a região, considerando o aumento de casos locais e nos demais municípios da região, o Governo do Estado poderá manter a classificação na bandeira vermelha.

O líder do executivo municipal, que também é médico, acredita que, em 15 dias, Veranópolis poderá registrar mais de 150 casos positivos do novo coronavírus. Além de responsabilizar as festas e encontros clandestinos como fatores que auxiliaram no propagação do vírus, o prefeito acredita que as flexibilizações feitas anteriormente nos diversos setores podem ter sido exageradas. 

Embora os números estejam aumentando, De Carli acredita que Veranópolis conduz a problemática com responsabilidade, dentro da expectativa prevista, principalmente se a comunidade continuar seguindo as orientações para prevenção e combate. “Vamos sair bem dessa, mas, se as pessoas não seguirem os cuidados, podemos ter perdas pelo caminho”, concluiu.  

Sobre o modelo adotado no Estado

Em relação ao Modelo de Distanciamento Controlado, criado e adotado no Rio Grande do Sul para combate e prevenção ao novo coronavírus, Waldemar acredita que o governo estadual perdeu muito tempo elaborando o sistema e faltou ação. 

“O Estado pecou na previsibilidade de leitos, faltou diálogo e estamos tendo que buscar alternativas para resolver problemas enquanto eles ocorrem. Estamos trocando o pneu com o carro andando”, afirma, com uma analogia ao momento e atuação.