Considerado um problema por pouco mais de cinco anos, a demanda de cirurgias de alta complexidade em Veranópolis começará a ter andamento e a fila poderá ir diminuindo. A Câmara de Vereadores de Veranópolis aprovou um Projeto de Lei de Termo de Cooperação entre os municípios de Veranópolis e de Farroupilha, para mútua colaboração, em caráter temporário e excepcional, de incentivo financeiro municipal para o custeio de procedimentos cirúrgicos eletivos de alta complexidade, na especialidade de traumatologia e ortopedia, aos usuários do Sistema Público de Saúde.

Atualmente, quase duzentas pessoas aguardam na fila para realizarem cirurgias de joelho, quadril e coluna. Com a aprovação desta verba de até R$ 500 mil, 50 pacientes (25 de cirurgia de quadril e 25 de cirurgia de joelho) já começaram a ser encaminhados para as avaliações pré-operatórias.

Em fluxo normal Veranópolis teria direito a nove cirurgias ao ano, uma de coluna e outras de quadril e joelho. De acordo com a secretária de Saúde de Veranópolis, Vanessa Calioni Bordignon, o contexto já estava desfavorável e foi agravado pela pandemia. “A prestação de serviços está retornando. As cotas anuais seguirão e além desse valor já destinado, com esse projeto de lei, encaminharemos em forma de mutirão estes 50 pacientes para realizar a cirurgia”, diz.

“Atualmente temos 85 pessoas aguardando cirurgia de joelho, 29 de quadril e 77 de coluna. O desejo é iniciarmos com essas duas especialidades que são mais acessíveis financeiramente e depois encaminhar esses pacientes de coluna que demanda uma maior complexidade e requer um aporte financeiro maior. Gostaria muito de chegar aqui e dizer que não há mais ninguém em fila de espera, é uma especialidade muito cara e infelizmente não conseguimos zerar essa fila tão rapidamente. Esta é uma área que precisa de um olhar diferenciado e sensível. Estamos dando um pontapé inicial”, conta a secretária.

Ela ainda explica que o critério para o chamamento destes pacientes é a classificação de prioridade, já que, segundo ela, muitos pacientes estão impossibilitados de realizar suas atividades do dia a dia devido às limitações de locomoção impostas pelas lesões.

“O SUS tem um fluxo que precisa ser respeitado. Cerca de dez pacientes já foram para a avaliação, retornaram a documentação e no próximo dia 30 de junho, serão avaliados pelo cardiologista – que é procedimento pré-operatório -  e no dia 04 de julho conversarão com o anestesista para ver se a pessoa está apta. Tudo isso para e garantir a segurança de que o procedimento seja de sucesso e essas pessoas possam retornar para casa. Após isso o paciente deve aguardar a data dos médicos para a realização da cirurgia”, finaliza.