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Setembro Amarelo: mês de prevenção ao suicídio

por Larissa Macena

Em 2023, o lema da campanha é “Se precisar, peça ajuda!”

Foto: BANCO DE IMAGEM FREEPIK

A Campanha Setembro Amarelo foi iniciada em 2003 e é dedicada à conscientização da saúde mental e à prevenção do suicídio. A origem do Setembro Amarelo começa em setembro de 1994, quando o jovem americano Mike Emme, cometeu suicídio. O jovem era muito habilidoso e restaurou um automóvel Mustang 68, pintando-o de amarelo. Em seu velório, seus pais distribuíram cartões em fitas amarelas em apoio a quem estivesse passando pela mesma situação do filho.

Neste ano, a campanha tem como lema: "Se precisar, peça ajuda!". O Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio é celebrado em 10 de setembro, mas a iniciativa acontece durante todo o ano. Atualmente, o Setembro Amarelo é a maior campanha anti estigma do mundo.

O suicídio é um problema de saúde pública, com impactos em toda a sociedade. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama - ou guerras e homicídios.

Dados divulgados pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde em setembro de 2022, mostram que de 2016 a 2021, a taxa de mortalidade entre adolescentes de 15 a 19 anos aumentou 49,3%, atingindo 6,6 casos por 100 mil pessoas, e de 45% entre adolescentes de 10 a 14 pessoas, chegando a 1,33 pessoas por 100 mil pessoas. De acordo com médico psiquiatra, mestre em Ciência da Saúde, presidente da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), Eduardo Hostyn Sabbi: “grande parte dessas pessoas que cometem suicídio estão passando por momentos difíceis com algum fator desencadeante, como a perda de um emprego, o termino de um relacionamento, mas em geral a gente tem fatores predisponentes que fazem com que a pessoa entre nesse caminho mais difícil contra a vida. Por exemplo, doenças mentais como depressão, ansiedade, esquizofrenia, transtorno de personalidade e uso de drogas, ou até mesmo, o isolamento social, que muitas vezes é o resultado dessas outras doenças. ”

O suicídio está associado a vários fatores de risco, incluindo socioculturais, genéticos, existenciais e ambientais. Sabe-se que a maioria dos casos de suicídio costuma estar relacionada às doenças mentais, principalmente não diagnosticadas ou tratadas incorretamente. Sendo assim, o médico afirma que “até 90% dessas vidas perdidas poderiam ter sido evitadas se a gente tivesse reconhecido e tratado essas doenças mentais, esses fatores predisponentes”.

Estar informado, aprender e ajudar os outros são as melhores formas de combater este grave problema. É muito importante que as pessoas saibam reconhecer, prestar auxílio, ouvir ativamente e sem julgamento, mostrando empatia e conduzindo ao atendimento médico especializado.

Para obter ajuda ou mais informações sobre a prevenção do suicídio, as pessoas podem entrar em contato com o Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo fone 188, que é uma ferramenta de preservação do suicídio de maneira gratuita. A ligação pode ser feita de qualquer lugar do país, 24 horas por dia. Outra forma de ajuda é o site mapasaudemental.com.br , onde você também encontra informações sobre onde conseguir ajuda.

Com informações da Associação Brasileira de Psiquiatria.

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