Em seis dias, Veranópolis registra nove óbitos decorrentes de Covid-19
Quando comparados os registros entre os meses de 2020 e os meses inicias de 2021, os números quase triplicam.
Em virtude do contágio e aumento de internações decorrentes de Covid-19 no Hospital Comunitário São Peregrino Lazziozi, o Município de Veranópolis registra o maior número de mortes em curto período, desde o início da pandemia.
De 7 a 13 de março, foram registrados nove óbitos decorrentes de Covid-19. Todas as vítimas são idosas, com idades entre 60 e 88 anos. Somente no dia 10 de março de 2021, três óbitos foram registrados, sendo o dia com maior ocorrência de mortes desde o início da pandemia.
Quando comparados os registros entre os meses de 2020 e os meses inicias de 2021, os números quase triplicam. Em 2020, sete óbitos foram registrados entre os meses de julho e dezembro, enquanto em 2021, de 01 de janeiro até 13 de março, o total de mortes de Covid-19 chega a 19. Dos 26 óbitos registrados desde o início da pandemia, apenas dois pacientes não são considerados idosos, com 38 e 59 anos.
Mortes de Covid-19 em 2020
Julho: 3 óbitos | 1º óbito decorrente de Covid-19 no Município de Veranópolis foi registrado em 11 de julho de 2020, sendo um homem com 61 anos.
Agosto: 1 óbito
Setembro: 1 óbito
Dezembro: 2 óbitos
Total no ano: 7 óbitos
Mortes de Covid-19 em 2021
Janeiro: 7 óbitos
Fevereiro: 3 óbitos
Março (até 13 de março): 9 óbitos
Total até o momento: 19 óbitos
Total em Veranópolis desde o início da pandemia: 26 óbitos registrados
Segundo o Prefeito Waldemar de Carli, que também é médico e atua no combate a pandemia, os óbitos que estão ocorrendo nestes dias são decorrentes de casos positivados há quinze ou trinta dias, período em que houve uma maior flexibilização e circulação de pessoas, bem como, aglomerações decorrentes do Carnaval.
Em contraponto, numa fala mais esperançosa, o Prefeito afirmou que os números de casos de Covid-19 estão diminuindo em Veranópolis e a velocidade de internação clínica também está diminuindo, o que demonstra a eficácia das restrições impostas pela bandeira preta e, consequentemente, apresenta a possibilidade de um cenário positivo para os próximos dias. Porém, ele destaca a gravidade dos casos, exemplificando que, quando há necessidade de internação em UTI, apenas 20% dos pacientes internados conseguem reverter o quadro e ter alta.
Para Waldemar, era esperado o aumento de casos já que o verão incentivou viagens, encontros, aglomerações e, consequentemente, o não cumprimento das medidas básicas de proteção individual e para evitar o contágio. “A causa principal foi o comportamento não adequado da população, não há dúvidas”, afirmou o líder do Executivo.
Comentários