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Paciente de Garibaldi que recebeu plasma convalescente apresenta melhoras no quadro respiratório

por Marco Aurélio Santana

Idoso de 63 anos, internado no Hospital Virvi Ramos, saiu do coma induzido nesta terça-feira

Foto: Divulgação

Os 15 dias da primeira transfusão de plasma convalescente ocorrida no Rio Grande do Sul foram completados nesta terça-feira (9). O período é marcado pela evolução do paciente de 63 anos, diagnosticado com coronavírus e internado na UTI do Hospital Virvi Ramos, em Caxias do Sul.

Ele recebeu o material de um homem recuperado da covid-19 e nesta terça acordou do coma induzido.

— A sedação já foi desligada há dias, mas ele vem acordando aos poucos. Hoje ele se manteve acordado e até reconheceu o filho — conta a médica intensivista Eveline Gremelmaier, relatando o momento no qual o paciente viu seu filho pelo vidro do box da UTI.

O paciente estava sedado para que o processo de entubação e ventilação respiratória fossem eficazes.
— É como um sono profundo, deixa ele descansar para não gastar energia e assim recuperar a infecção — explica Eveline.

A melhora respiratória dos pulmões começou a acontecer cerca de três dias após a transfusão. Agora, ele consegue ficar sem a ajuda do respirador durante o dia, voltando a utilizar à noite. A maior expectativa é de que ele fique totalmente fora do equipamento em breve.

— Há uma esperança muito grande da equipe. O processo todo tem motivado muitas pessoas a doar (plasma). São poucos riscos e muitas chances de melhora — avalia a médica.

O paciente agora precisa apresentar evolução no quadro de fraqueza muscular. Para isso, fisioterapias respiratórias serão intensificadas de acordo com as condições dele.

O processo de transfusão de plasma convalescente faz parte de um tratamento experimental em que se acredita que os anticorpos do paciente recuperado da covid-19 sejam passados ao doente.

A doação do plasma foi possível graças a um equipamento do Hemocentro Regional de Caxias do Sul (Hemocs) capaz de realizar o procedimento.

O doador é um pesquisador da área de Biomedicina, de Porto Alegre, que já contraiu coronavírus. Fabio Klamt, 44 anos, que defende o tratamento como o uma terapia de primeira escolha e acabou sendo o primeiro doador compatível para sua pesquisa se tornasse real no Rio Grande do Sul.

O Hemocs segue recebendo doações de homens que estão recuperados do coronavírus. A orientação é para que o interessado em participar agende atendimento pelos telefones (54) 3290-4543 e (54) 3290-4580 ou pelo Whatsapp (54) 98418-8487. São recebidos homens, de no mínimo 18 e no máximo 60 anos, que tiveram a doença confirmada por meio do teste PCR e estão há mais de 28 dias recuperados. Ainda há restrições no que diz respeito a doação feita por mulheres por conta do receio de possíveis problemas relacionados aos períodos férteis.
Fonte: Pioneiro

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