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Rio Grande do Sul tem 78% de cobertura vacinal contra a pólio

por Cida Cardoso Valna

Entre os 10 municípios com maior cobertura vacinal está Vila Flores

Foto: Camila Domingues/ Arquivo Palácio Piratini

O Rio Grande do Sul teve 78,07% de cobertura vacinal, acima da média nacional que foi de 72,57%, na Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, encerrada no dia 22/10, conforme dados informados pelos municípios até a data limite de 31/10. No Estado, 327 municípios atingiram a meta de imunização contra a poliomielite, que é de 95% das crianças até quatro anos. Outros 170 municípios não alcançaram a meta de vacinação durante a campanha, mas a vacinação pode ser feita nos serviços de saúde municipais, segundo o calendário vacinal vigente.

Até o final da campanha foram aplicadas 432.372 doses no Estado. Uruguaiana, Bagé Bento Gonçalves, Erechim, Lajeado, Sant'Ana Do Livramento, Santo Ângelo. Santa Rosa Campo Bom, Parobé e Camaquã são os municípios com mais doses aplicadas e que atingiram a meta. Por outro lado há 37 municípios com cobertura vacinal abaixo de 70%, entre eles a capital, com 48,11% de crianças vacinadas na faixa etária.

• Os dados completos da campanha podem ser consultados no link: https://infoms.saude.gov.br/extensions/Poliomielite_2022/Poliomielite_2022.html#

10 municípios com maior cobertura vacinal
Montauri
Santa Maria Do Herval
Picada Café
Faxinal Do Soturno
Monte Belo Do Sul
São João Do Polêsine
Porto Vera Cruz
Salvador Das Missões
Boa Vista Do Buricá
Vila Flores

Risco da volta da doença

Conforme a especialista Adriana Zanon, do Núcleo de Imunizações do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), a importância de manter as coberturas vacinais adequadas (acima de 95%) contra a poliomielite é a busca de um território seguro para a não reintrodução do vírus. Segundo ela, o Brasil registrou no final dos anos 80 o seu último caso de pólio e vem ao longo das décadas desempenhando um bom papel na busca de coberturas vacinais, mas, desde 2015, tem-se observado um decréscimo nas coberturas vacinais da pólio e outras vacinas também. “Isso faz com que a gente tenha grupos de bolsões de suscetíveis, ou seja, se houver a reintrodução do vírus, nós teremos em função dessas baixas coberturas a possibilidade da circulação do vírus e do reaparecimento de casos”, afirma.

Ainda hoje há dois países no mundo com circulação do vírus: Afeganistão e o Paquistão. Neste ano, houve ainda um caso confirmado nos Estados Unidos. Um estudo recente da Organização Pan-Americana da Saúde e do Ministério da Saúde apontou o Rio Grande do Sul como um local com risco de reintrodução do vírus.

Texto: Ascom SES

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